Segundo a auditora, fábricas da JBS na região amazônica teriam comprado 940.617 cabeças de gado no período, oriundas do estado do Pará, sendo que 31,99% apresentaram evidência de irregularidade.
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A resultado da auditoria reforça a preocupação de que empresas como a JBS poderiam estar contribuindo com o desmatamento da maior floresta tropical do mundo, comprando gado de terras desmatadas ilegalmente na região.
Confrontada com tais acusações, a JBS assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Federal em 2013, no qual a empresa se compromete a não comprar gado de fazendas desmatadas ilegalmente a partir de 2008, ou de propriedades envolvidas em crimes ambientais.
Pelos termos do acordo, a empresa também se compromete a não comprar gado de fazendeiros acusados de trabalho escravo e de avançar ilegalmente em terras indígenas.
No entanto, essa proporção saltou para 32% — para cerca de 301 mil cabeças de gado– na auditoria de 2020 apresentada hoje (7).
Segundo a JBS, o resultado da auditoria foi impactado por uma mudança recente de critério adotado pelo MPF.
“Com relação aos resultados da auditoria do TAC do Pará para o ano de 2018 e o primeiro semestre de 2019, a JBS esclarece que os resultados decorrem, principalmente, de imprecisões nas definições dos critérios de monitoramento e nas bases de dados utilizadas como referência no processo de auditoria”, afirmou.
A empresa também admitiu que “entende ser importante adotar medidas adicionais para reforçar seu trabalho de due diligence no Estado”.
Dessa forma, a companhia anunciou hoje um conjunto de ações com “o objetivo de reforçar a sustentabilidade da cadeia de fornecimento de bovinos no Pará e ampliar a adoção de boas práticas por toda a indústria”.
Investimentos de R$ 5 milhões serão, em comum acordo com o MPF, destinados a um conjunto de iniciativas no Estado, disse a JBS, destacando o projeto CAR 2.0, para automatizar e acelerar a análise e verificação do Cadastro Ambiental Rural e o Programa de Regularização Ambiental no Estado.
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