As vendas externas do grão arábica alcançaram 2,88 milhões sacas, recuo de 22% na mesma comparação, enquanto as exportações de café robusta caíram 50,4% para 233,52 mil sacas.
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Segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, a queda no volume das exportações reflete a continuidade dos conhecidos gargalos logísticos no comércio marítimo mundial, como falta de contêineres.
“O cenário é preocupante porque especialistas do setor, com os quais nos reunimos em diversos eventos nacionais e internacionais, apontam que esses entraves devem se arrastar durante 2022”, disse ele em nota.
Outra preocupação apontada por ele no que se refere aos gargalos na logística é a elevação dos custos, que têm contribuído para fortes altas nos índices de inflação.
“Logicamente, o setor cafeeiro não é poupado dessas aflições.”
No acumulado de 2021 até o fim de outubro, o Brasil exportou café para 119 países. Os Estados Unidos seguem como os principais importadores, com a aquisição de 6,468 milhões de sacas, montante praticamente estável em relação ao mesmo intervalo em 2020, que representou 19,4% dos embarques totais do país até o momento.
A Alemanha, com representatividade de 16,5%, importou 5,474 milhões de sacas (-8,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vêm Itália, com a compra de 2,383 milhões de sacas (-7,7%); Bélgica, com 2,270 milhões (-22,6%); e Japão, com a aquisição de 2,074 milhões de sacas (+12,5%). (Com Reuters)