A soja será o foco principal até o final do ano e o preço elevado da oleaginosa deve impulsionar o comércio agrícola geral para a China a um novo recorde, apesar das incertezas sobre os volumes.
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Até setembro, as exportações de produtos agrícolas e afins dos EUA para a China foram avaliadas em US$ 21,2 bilhões, incluindo US$ 1,9 bilhão em setembro, de acordo com os dados do Censo dos EUA publicados ontem (4). Esse total de nove meses é amplamente o melhor para o período, acima da máxima de 2012 de US$ 17,8 bilhões.
O total para 2020 atingiu US$ 28,75 bilhões, perdendo para o recorde de 2013 de US$ 29,1 bilhões. Isso apesar da tonelagem de commodities a granel em 2020, incluindo soja e milho, ter subido quase 50% acima dos níveis de 2013.
O acordo comercial de Fase 1, assinado em janeiro de 2020, implicava que a China compraria e importaria cerca de US$ 80 bilhões em produtos agrícolas dos EUA entre 2020 e 2021. A expectativa é que o total de 2021 fique em cerca de US$ 43,5 bilhões.
Até setembro, as exportações de milho dos EUA para a China chegaram a 16,9 milhões de toneladas, avaliadas em US$ 4,6 bilhões. As exportações de soja somaram US$ 4,3 bilhões, e o volume de janeiro a setembro, de 8,8 milhões de toneladas, caiu 22% no ano.
Os custos de exportação de milho e soja dos EUA em setembro atingiram máxima de nove anos para o mês, cerca de 60% e 50% acima de setembro de 2020, respectivamente. No entanto, os preços caíram em relação aos níveis mais fortes do meio do ano.
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Os embarques de soja dos EUA em outubro para a China provavelmente não foram um recorde em volume, mas seu valor pode ter ultrapassado o recorde mensal de US$ 3,56 bilhões estabelecido em outubro de 2020.
Isso possibilitaria que os volumes de novembro e dezembro caíssem um pouco abaixo da média e, ainda assim, elevaria as exportações agrícolas totais do ano a um novo recorde, assumindo que os atuais níveis de preços se mantenham.
A adição de outros produtos deve garantir o recorde, embora assim como a soja, as vendas de outras commodities não são tão altas quanto no ano passado.
O presidente Joe Biden não mencionou questões comerciais com a China desde que assumiu o cargo em janeiro, embora os analistas esperassem que a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, esclarecesse a estratégia do governo no início do mês passado.
O resultado foi altamente desanimador para muitos economistas, pois o plano de Tai careceu de detalhes sobre negociação e tempo. Continuar a comunicação com Pequim parecia ser seu próximo passo tangível. (Com Reuters)