Os embarques do país, que já figurou na segunda posição do ranking global de exportadores do cereal – posto ocupado agora pela Argentina -, vão cair após o Brasil ter sido atingido por intempéries, como seca e geadas severas em 2021.
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Ao mesmo tempo em que a safra brasileira de milho caiu para 87 milhões de toneladas em 2020/21, versus um recorde de 102,5 milhões no ciclo anterior, o consumo interno do cereal cresceu fortemente neste ano pela maior demanda da indústria de carnes e também das usinas de etanol, colaborando para limitar os embarques para fora. A demanda anual brasileira está estimada em mais de 72 milhões de toneladas, de acordo com a estatal Conab.
Na nova temporada (2021/22), caso a estimada safra recorde se confirme, o Brasil poderia voltar à posição de segundo exportador global, atrás apenas dos Estados Unidos, com embarques de 43 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país superaria Argentina e Ucrânia entre os maiores exportadores.
Os dados sobre a exportação de milho foram divulgados pela Anec nesta terça-feira juntamente com a revisão nos embarques do cereal do Brasil em dezembro, agora estimados em 3,45 milhões de toneladas, ante 3,9 milhões na previsão da semana anterior.