Inicialmente, o Fundecitrus estimava um aumento na produção de laranja ante a fraca safra do ciclo anterior na região que é a principal fornecedora da fruta para a indústria do Brasil, o principal exportador global de suco de laranja.
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Na temporada anterior (2020/21), a produção somou 268,63 milhões de caixas de 40,8 kg.
Os efeitos das condições climáticas explicam a nova reavaliação da safra. “De maio a novembro de 2021, as chuvas ficaram 31% abaixo da média considerando todo o parque citrícola, com déficit em 11 das 12 regiões”, segundo o Fundecitrus.
“A seca intensa e as consecutivas geadas observadas em julho prejudicaram o crescimento das laranjas e aumentaram a queda prematura de frutos”, disse o coordenador da PES (Pesquisa de Estimativa de Safra) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, em nota.
“A estiagem reduziu o nível dos rios e reservatórios a ponto de prejudicar a disponibilidade de água até mesmo para os pomares com sistema de irrigação instalado, que abrangem mais de 30% da área do cinturão citrícola”, acrescentou Trombin.
A gravidade da seca só começou a diminuir em outubro, único mês desde o início da safra em que as chuvas superaram a média histórica.
Segundo comunicado do Fundecitrus, a queda prematura de frutos aumentou em outubro e novembro após o retorno das chuvas.
“A colheita realizada até novembro foi de frutos miúdos e, apesar da expectativa de melhora no peso de agora em diante em função das chuvas, na média geral, a safra deve se encerrar com laranjas de tamanho bastante atípico, 142 gramas por fruto, 16% menor do que o das últimas cinco safras.”