AgroFutebol: Gramados da Copa no Catar são refrigerados e recebem água dessalinizada

O inverno chegará mais cedo aos estádios de futebol no quente Catar para a Copa do Mundo. Os responsáveis pelos campos vão trabalhar a partir de setembro para imitar o inverno, com o objetivo de garantir que o gramado esteja nas melhores condições para a competição.

No Estado do Golfo, as temperaturas podem chegar a 40ºC em dezembro (outono do hemisfério norte), quando deve ocorrer a Copa. No entanto, há 14 anos especialistas têm introduzido técnicas para melhorar a qualidade da grama nos estádios para aumentar o número de campos de futebol.

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Uma equipe profissional mantém 144 campos verdes e exuberantes – oito de jogos e 136 de treinamento – por meio de um sistema que libera ar gelado através de bicos diretamente no gramado. São verdadeiros oásis em meio ao cinza do deserto e do concreto do Catar.

“As condições do tempo e o clima, juntamente com o nível de critérios de desempenho que estabelecemos para nós mesmos, tornam extremamente desafiador desenvolver o produto de que precisamos. Mas conseguimos”, disse Haitham Al Shareef, engenheiro civil sudanês que trabalha nos campos do Catar desde 2007.

Preparar o gramado para a Copa do Mundo, que acontece pela primeira vez no Oriente Médio, tem um custo ambiental.

O Catar transporta anualmente 140 toneladas de sementes de grama dos Estados Unidos em aeronaves climatizadas, disse Al Shareef, e os campos são regados com água do mar dessalinizada, processo de uso intensivo de energia.

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Durante o inverno, cada campo requer 10.000 litros de água dessalinizada diariamente. No verão, são 50.000 litros.

O evento de 28 dias começa em novembro. Talvez seja a época mais desafiadora do ano para os gramados, já que o clima do Catar passa de um verão escaldante para um inverno ameno.

O Catar diz que está preparado para qualquer emergência. Uma reserva de grama de 425.000 metros quadrados – cerca de 40 campos de futebol – está sendo cultivada em uma fazenda ao norte de Doha.