Canadá habilita 3 frigoríficos do Brasil para exportação de carne suína

15 de junho de 2022

As importações de carne pela China nos primeiros três meses de 2021 chegaram a 2,63 milhões de toneladas

China Daily/Reuters

Em nota conjunta com o Ministério das Relações Exteriores, a pasta disse que recebeu a informação com “com surpresa e consternação”

O Brasil recebeu habilitação do Canadá para os três primeiros frigoríficos que poderão exportar carne suína ao país, sendo dois da Seara Alimentos e um da Cooperativa Central Aurora, disse hoje (15 )a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) com base em informação passada pelo governo federal na véspera.

As plantas da Seara, da JBS, estão localizadas em Itapiranga e São Miguel do Oeste, e a da Aurora em Chapecó, todas em Santa Catarina.

Leia mais: Startups mostram inovações em agricultura regenerativa

“A habilitação destas primeiras plantas vem em um momento importante para o setor produtivo, diante das dificuldades enfrentadas com as altas dos custos de produção e a necessidade de incrementar as vendas internacionais de carne suína”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Em maio, as exportações brasileiras da proteína (considerando produtos in natura e processados) alcançaram 89,3 mil toneladas, volume 12,4% menor no comparativo anual, conforme dados da associação. A receita caiu 19,3% no período, para US$ 204,3 milhões.

O setor foi afetado pela recomposição do rebanho chinês após anos de baixa oferta motivados pela peste suína africana. Agora, China segue como o principal comprador do Brasil, mas somente em maio diminuiu em 49,6% as importações, para 27,3 mil toneladas.

Segundo Santin, há expectativa de que, em breve, novas plantas sejam habilitadas pelo Canadá.

Embora seja o terceiro maior exportador global de carne suína (em 2021, o país exportou 1,5 milhão de toneladas), o Canadá também é um comprador relevante no mercado internacional. Em média, o país importa 250 mil toneladas anualmente.

De acordo com a ABPA, os produtos embarcados pelo Brasil serão de alto valor agregado, especialmente barriga e costela.