LEIA MAIS: Lista Forbes das 100 Mulheres Poderosas do Agro
De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho das Mulheres do Agro da CNA, Cecília Naves, a ideia de criar a comissão surgiu da necessidade de realizar ações específicas para esse público e também para desenvolver a liderança de mulheres no setor agropecuário. Em março do ano passado, a plataforma de comunicação DBO, especializada em pecuária de corte e destinada a produtores de gado, realizou um levantamento inédito sobre mulheres sindicalistas, com base nos dados da CNA. O trabalho da DBO identificou apenas 89 mulheres presidentes de sindicatos rurais, ou seja, 4,85% do total de 1.941 sindicatos com titulares listadas na CNA, entidade criada em 1951. Entre as 27 federações – organismos estaduais que agregam os sindicatos – também não há nenhuma presidida por mulher
É esse cenário que a comissão de mulheres quer mudar. Atualmente, a CNA possui 18 comissões temáticas, entre elas de flores, hortaliças, grãos, pecuária, café, cana-de-açúcar, empreendedorismo, entre outras. Assim como as outras comissões, a de mulheres terá uma presidente, e até duas vice-presidentes e a composição será feita com integrantes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados, de entidades civis e de assessoras técnicas.
A comissão também terá um conselho consultivo formado por cinco mulheres de áreas de conhecimento distintas. As principais ações previstas são: realizar diagnósticos, apoiar e auxiliar a implantação de comissões estaduais, realizar um encontro nacional de mulheres, criar um programa de fortalecimento de lideranças femininas e representar o sistema em fóruns e eventos.
>> Inscreva-se ou indique alguém para a seleção Under 30 de 2022