“A produção de carne bovina tende a manter o comportamento de redução na oferta, uma vez que a demanda no mercado interno está desaquecida”, disse a Conab.
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O mercado interno deve abocanhar cerca de 65% da produção de carne bovina do Brasil este ano, enquanto a exportação ficará com o restante, em meio à forte demanda da China, que no primeiro semestre elevou as compras do produto brasileiro em 35%.
O Brasil, maior exportador global de carne bovina, é sede de gigantes do setor, como JBS, Marfrig e Minerva.
Conforme dados da Conab, a exportação de carne bovina pelo Brasil deve passar para 2,8 milhões de toneladas (equivalente carcaça), uma máxima histórica, versus quase 2,5 milhões em 2021, o que ajuda explicar por que os preços estão em patamares elevados, apesar da demanda interna mais fraca.
Para aves, a produção se mantém próxima a 15 milhões de toneladas, o que garante uma disponibilidade per capita de 48,6 quilos por habitante no ano.
O índice, que atingiu o maior nível no ano passado chegando a 50,5 kg, deve registrar uma ligeira queda de 3% em 2022, dada a pequena redução da oferta, aumento das exportações e crescimento da população brasileira, disse a Conab.
No caso de suínos, é esperada a maior produção para a série histórica, sendo estimada em 4,84 milhões de toneladas, um acréscimo de cerca de 3% na oferta do produto quando comparado com 2021.
Considerando as três carnes, a produção está “estável” em torno de 28 milhões de toneladas, disse a Conab.
“Mesmo com o aumento nas vendas ao mercado externo de aves e bovinos, a disponibilidade per capita de carnes no país se mantém acima de 90 quilos por ano, volume que garante o abastecimento brasileiro”, afirmou a estatal.
As exportações de carne de frango do país, também o maior exportador global desse produto, tendem a crescer 6% e podem atingir um novo recorde neste ano, ultrapassando 4,7 milhões de toneladas, segundo dados da estatal.