A menor produção de açúcar pode limitar os embarques do segundo maior exportador mundial, elevando os preços globais, e permitir que os rivais Brasil e Tailândia aumentem suas exportações.
“As chuvas foram erráticas. A safra de cana-de-açúcar não teve muita chuva durante a fase de crescimento e caiu demais quando não era necessária”, disse Aditya Jhunjhunwala, presidente da Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês).
No início da temporada, em outubro de 2022, a projeção da ISMA era de uma produção de 36,5 milhões de toneladas.
A Reuters foi a primeira a informar em dezembro sobre a provável queda na produção indiana.
O clima reduziu a produção do estado de Maharashtra, maior produtor, para 10,5 milhões de toneladas, ante 13,7 milhões de toneladas no ano anterior, disse Jhunjhunwala.
A Índia permitiu que as usinas exportassem apenas 6,1 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2022-2023, mas esperava-se que o governo do primeiro-ministro Narendra Modi permitisse uma segunda parcela de embarques.
A Índia exportou um recorde de 11,2 milhões de toneladas de açúcar na temporada anterior de 2021-2022.
O país exporta açúcar principalmente para Indonésia, Bangladesh, Malásia, Sudão, Somália e Emirados Árabes Unidos.
O país pode começar o ano comercial 2022-2023 em 1º de outubro com estoques de 6,2 milhões de toneladas, abaixo dos 7 milhões de toneladas da temporada atual, acrescentou.