A fermentação quebra a glicose na ausência de oxigênio para produzir bebidas alcoólicas e outros alimentos, onde leveduras, bactérias ou outros micro organismos assumem a quebra química durante a fermentação. É um método muito poderoso e eficaz, mas também consome muitos recursos e pode exigir inúmeras tentativas e erros para se chegar ao lote de fermentação ideal.
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A tecnologia comprovada da Plaato permite insights de fermentação em tempo real, agora disponíveis para cervejarias, produtores de sidras e destilarias em todo o mundo: “Nossa tecnologia está revolucionando a indústria de fermentação, fornecendo insights de dados valiosos que antes eram inacessíveis”, disse Magnus Valmot, CEO da Plaato.
A tecnologia e seus benefícios
As primeiras implantações comerciais da tecnologia de sensores da empresa começaram em 2022 e, desde então, mais e mais cervejarias estão buscando essa oportunidade para monitorar seus sistemas e aumentar a lucratividade.
O sensor de fermentação plug-and-play de baixo custo do Plaato, em contraste com os métodos convencionais, conecta-se à plataforma SaaS que oferece monitoramento remoto e análise de dados.
De acordo com os dados recolhidos pela empresa, a tecnologia vai permitir à cervejaria otimizar a produção em 10% ou mais, podendo ainda intervir de imediato em caso de uma anomalia na produção.
Além disso, a compra dos sensores da marca tem baixo impacto no transporte e instalação devido ao tamanho e peso do produto, e permite que o setor cervejeiro faça o retrofit dos equipamentos existentes. Somente a indústria cervejeira é constituída por mais de 25.000 cervejarias em todo o mundo, que têm uma média estimada de 10 recipientes de fermentação cada, portanto, um quarto de milhão de grandes tanques de aço inoxidável: “Não queremos que a indústria substitua todos esses tanques, então achamos sensato atualizar o equipamento tradicional.” apontou Kononsky.
Mais financiamento, mais mercados
A Plaato concluiu recentemente uma rodada de investimentos muito bem-sucedida, arrecadando US$ 1,78 milhão (R$ 8,5 milhões na cotação atual), quando a meta inicial era de US$ 1,33 milhão. A startup atraiu uma forte base de investidores, especialmente em seus países de origem, como as norueguesas RunwayFBU e Birger Magnu, e a dinamarquesa
Gunnar Evensen.
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A empresa pretende potencializar seu crescimento comercial e fazer investimentos no desenvolvimento de produtos com os recursos recebidos. Os membros da equipe da Plaato estão atualmente baseados na Noruega, Dinamarca, mas seu maior mercado atualmente são os EUA (47%), onde planeja expandir primeiro.
Atualmente, a Plaato atende a mais de 250 cervejarias, sidras e destilarias de pequeno ou médio porte em 32 países, incluindo Austrália, Reino Unido e Canadá: “Também estamos vendo o interesse de algumas das maiores empresas do mundo que estão lutando com o mesmo problema e carecem de capacidade de sensor para monitorar sua fermentação. Então, isso realmente se aplica a esse setor”, disse Valmot.
Um exemplo de como a startup vem chamando a atenção do mercado por conta da inovação proposta ao mercado que necessita de processos de fermentação, em 1º de junho, a ela ganhou o prêmio Food Tech Challengers em Varsóvia, onde mais de 400 empresas competiram no Food Tech Congress.
Proteínas de fermentação além da cerveja
Em 2022, o setor alternativo de fermentação de proteínas continuou a se expandir com desenvolvimentos importantes em termos comerciais, de produtos, investimentos e tecnologia, enquanto pelo menos 100 empresas adicionais estabeleceram sua linha de negócios de fermentação, incluindo grandes empresas de alimentos como Nestlé, Unilever e Bel Group, de acordo com a organização sem fins lucrativos The Good Food Institute.
Esses novos produtos também exigem monitoramento para garantir consistência, rentabilidade e produtividade para chegar às prateleiras dos supermercados. O próximo passo da Plaato é atuar neste mercado. Para isso, a empresa está explorando o potencial de monitoramento sustentável da produção de proteínas por meio de uma pesquisa colaborativa com a NMBU (Norwegian University of Life Sciences).
A startup e parceira acadêmica está agora realizando testes em uma variedade de diferentes processos de fermentação para entender qual a tecnologia da Plaato pode ajudar a otimizar, monitorar e gerenciar: “Ainda é um estágio inicial para esta indústria, mas é muito interessante e importante fazer parte capacitando este setor”, concluiu Valmot.