O plantio continua adiantado em relação a 2022 nesta época (67%), após ter avançado bem no início dos trabalhos, diante das condições climáticas de El Niño que tendem a trazer mais chuvas para o Sul do Brasil. Mas, até a semana passada, os dados de semeadura mostravam um ritmo mais forte na comparação anual, com as precipitações mostrando-se agora excessivas em partes do Estado.
Em algumas áreas ao sul do Paraná, há reportes de dificuldades para semear a oleaginosa devido à elevada umidade, disse o Deral, enquanto campos no Centro-Oeste, como em Mato Grosso, sofrem com a irregularidade de chuva.
No sudoeste, o prolongado período de solo úmido está dificultando os trabalhos no campo, “oferecendo poucas oportunidades para os produtores realizarem o plantio da soja“, o que está pontualmente atrasando o avanço da área plantada, com possível impacto na segunda safra, disse o Deral.
“Porém, mesmo com a alta umidade do solo, os produtores estão realizando o plantio de soja, e alguns municípios devem concluí-lo durante esta semana”, disse o boletim, sobre a região sudoeste.
No sul do Paraná, o plantio da safra 2023/24 está sofrendo atrasos devido às condições climáticas, “com o plantio de soja sendo o mais afetado, apesar de ainda estar apresentando desenvolvimento razoável”. “Continuam ocorrendo relatos de podridão de raiz e mortalidade de plantas na cultura. Embora em termos percentuais não sejam significativos, esses problemas estão se tornando mais frequentes”, disse o Deral.
O departamento informou também que o plantio da primeira safra de milho no Paraná havia atingido 93%, apenas dois pontos percentuais acima da semana passada.
No caso do trigo, produtores do Paraná já colheram 89% da safra, alta de cinco pontos percentuais ante a semana anterior.
Na semana passada, o Deral reduziu a previsão de safra de trigo do Paraná para 3,855 milhões de toneladas, ante 4,16 milhões de toneladas na previsão de setembro, em meio a chuvas no Estado.