Melhores CEOs: como Ricardo Mussa, da Raízen, lidera uma referência em bioenergia

Apresentado por
30 de dezembro de 2023
Victor Affaro

Ricardo Mussa também foi CEO da Radar (que também cofundou) e da Moove, do grupo Cosan, e passou por multinacionais como Unilever e Danone

Ricardo Mussa assumiu a liderança de uma empresa com mais de 45 mil funcionários em uma época em que não podia se encontrar com nenhum deles. “Era 2020, um momento desafiador, com a OMS reconhecendo a pandemia e as incertezas que nos rondavam. Não pude estar próximo das pessoas, o que tornou a transição solitária”, conta o CEO da Raízen.

O processo, no entanto, teve resultado positivo, culminando na realidade próspera que a companhia vive hoje: referência global em bioenergia, ela está entre as empresas de maior faturamento do Brasil, com receita líquida de R$ 246 bilhões em seu ano-safra mais recente. Além disso, é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar, a segunda maior distribuidora de combustíveis do país e a maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional.

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“A marca que quero deixar para todos como CEO é o orgulho da companhia”, resume Mussa. “Temos a missão de servir para um objetivo maior, com questões relevantes para a sociedade. Como resultado, temos o melhor de dois mundos: uma instituição que trabalha com propósito e que tem um crescimento acelerado não apenas das operações, mas também de quem trabalha nela.”

Entre as conquistas recentes está o rápido crescimento de soluções renováveis, como o etanol de segunda geração (E2G), um biocombustível limpo de grande produtividade que terá sua segunda e maior planta lançada em breve em Guariba (SP). Outras quatro já estão em construção, seguindo a promessa da empresa de ter 20 plantas de produção de E2G até 2030. “É um privilégio estar em uma companhia que contribui com o combate às mudanças climáticas e está atenta às mais complexas demandas da sociedade.”

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Com graduação em engenharia de produção pela Escola Politécnica da USP, Mussa foi CEO da Radar (que também cofundou) e da Moove, do grupo Cosan, e passou por multinacionais como Unilever e Danone. Aos jovens executivos e empreendedores, ele reitera a importância de escolher ambientes profissionais que os impulsionem. “Tive a sorte de estar com líderes que me incentivaram e acreditaram em mim. Meu sucesso é consequência disso. Recomendo que busquem lugares com pessoas que são melhores do que você e que te encorajem.”

Em seu cargo, busca praticar o próprio conselho, estimulando o reconhecimento e o desenvolvimento dos funcionários. “Minha formação despertou ainda mais minha capacidade analítica para perceber modelos complexos e gerenciar desde sistemas e processos a pessoas. Em uma companhia do tamanho da Raízen, não é possível resolver as coisas sozinho. Eu me sinto responsável por tudo o que acontece na empresa, mas busco formas de fazer com que boas ações sejam refletidas em todas as frentes.”

Veja quem são os melhores CEOs do Brasil em 2023:

Alberto Griselli, CEO da Tim Brasil
Bruno Ferrari, CEO da Oncoclínicas
Carla Fonseca, CEO da Smiles
Isabella Wanderley, CEO da Novo Nordisk
Marcello Guidotti, CEO da EcoRodovias
Milton Maluhy, CEO do Itaú
Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras
Ricardo Mussa, CEO da Raízen
Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil
Tereza Santos, CEO da Sympla

Reportagem publicada na edição 112 da revista Forbes, em setembro de 2023.