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Com os resultados de 2022/23, a demanda de café pela indústria do Brasil, segundo consumidor global atrás dos Estados Unidos, mostrou recuperação na comparação como o período anterior, quando o país havia registrado uma queda de 1%.
O avanço no volume consumido ocorreu em meio a uma queda de 13,5% no preço do café nas gôndolas, apontou a Abic. No período anterior, o custo mais alto havia limitado a demanda.
Em entrevista a jornalistas para apresentar os dados, ele lembrou ainda da forte demanda internacional pelo produto brasileiro da variedade conilon, depois de problemas na oferta de grãos robusta em países como Vietnã e Indonésia.
A indústria de torrado e moído do Brasil usa volumes importantes de conilon/robusta no “blend”, juntamente com o café arábica, e está reagindo à alta de custos com repasses.
Cardoso estimou que os repasses de preços para o varejo deverão girar em torno de 10% entre janeiro e fevereiro, e disse que o setor poderá elevar em até mais 7% o valor do produto em março, dependendo do movimento das bolsas e do mercado físico, ponderando que os reajustes dependem de cada empresa.
Assim, o presidente da Abic disse acreditar que, mesmo com um repasse de preços, o consumo de café no Brasil tenha condições de manter o ritmo de crescimento de 1% a 2% na nova temporada (2023/24).
O faturamento da indústria local caiu 2,8% em 2023, para 22,89 bilhões de reais, evidenciando preços menores, já que as vendas aumentaram em volumes em 2022/23, segundo dados da Abic.
O consumo de café torrado e moído, principal categoria vendida, somou 20,6 milhões de sacas em 2022/23, alta de 1,5% na comparação com o período anterior, enquanto as vendas do produto solúvel somaram 1,05 milhão de sacas, avanço de 5,2%.