As permutas, comuns no setor rural, onde são conhecidas como “barter” e envolvem a entrega de produtos por agricultores em troca de insumos como defensivos agrícolas, passaram a ser oferecidas nos últimos meses na indústria solar do país, disse à Reuters o presidente da distribuidora de equipamentos Sunny Store, Hugo Albuquerque.
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“Vamos dar a ele (produtor rural) a possibilidade de pagar com a safra, porque essa é a linguagem que o agricultor fala”, acrescentou o executivo, que vê grande potencial para a geração fotovoltaica no campo reduzir custos de irrigação, por exemplo.
Ele disse que a Sunny Store fechou parceria com um fundo de investimento que permitirá atender uma demanda total de R$ 2 bilhões no setor agrícola.
“Isso para projetos grandes, para irrigantes, silos, grandes agricultores que têm indústria de transformação nas fazendas”, detalhou Albuquerque, que antes foi executivo das fornecedoras de painéis Canadian Solar e Kyocera no Brasil.
A consultoria especializada Greener estimou que a instalação desses sistemas solares menores movimenta cerca de 14,7 mil empresas em território nacional, conhecidas como integradoras, segundo relatório do segundo semestre de 2020.
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Albuquerque disse que a Sunny Store está de olho nesse mercado não só por meio de vendas de equipamentos, mas também com a oferta de outros serviços aos clientes, como conteúdos educacionais e acesso a crédito.
A empresa disponibiliza em seu site conteúdos educativos sobre o setor solar para apoiar técnicos que atuam com instalações. O conteúdo será em breve oferecido também por meio de aplicativos de celular.
MARKETPLACE E MAIS DA ENERGIA SOLAR
O aquecimento no mercado de sistemas fotovoltaicos para residências e empresas guiou também a criação da 77Sol, que se define como “fintech de energia”, ou “energytech”, e mira a oferta de equipamentos e soluções comerciais, de financiamento e de engenharia para integradores e profissionais do setor solar.
A plataforma digital, que funciona como um “marketplace” com serviços agregados, promete apoiar principalmente pequenos negócios, uma vez que a forte expansão da geração solar distribuída no Brasil passou a ser vista por muitos como oportunidade de empreender em meio à crise gerada pela pandemia.
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“A 77Sol nasceu para trazer profissionalização a esse mercado, essas empresas pequenas, que não têm capacidade de engenharia, ferramentas comerciais, estrutura para acessar o mercado financeiro. A plataforma entrega tudo isso, para que elas possam se tornar grandes companhias de energia”, disse o sócio da empresa Rodrigo Pedroso.
O presidente da 77Sol, Luca Milani, que também é piloto de automobilismo, disse que a plataforma tem fornecido cotações de equipamentos para usuários que têm potencial de gerar até R$ 200 milhões em vendas por mês.
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