Felizmente, esse tempo pode estar superestimado graças a uma descoberta dos pesquisadores da UFV (Universidade Federal de Viçosa). O grupo, em parceria com a Vale, desenvolveu uma tecnologia inédita no mundo capaz de reflorestar a região em até dez anos. Para isso, os cientistas usam o DNA de quatro espécies locais – o jacarandá caviúna, o ipê amarelo, a braúna e o jequitibá.
LEIA MAIS: Como os investimentos ESG e de impacto podem redefinir o mundo da inovação
Durante esse estudo, os pesquisadores também acabaram identificando os reguladores de crescimento das espécies, substância-chave para a aceleração do processo de reflorestamento. Gleison explica que, enquanto na natureza as árvores podem demorar até oito anos para atingirem o estado de maturidade, as unidades criadas no laboratório eram capazes de florescer em seis ou 12 meses. “O estado de florescimento é muito importante porque é quando a árvore está desempenhando sua função máxima na natureza, isto é, frutificando, dispersando sementes, deixando seus descendentes e atraindo os animais”, resume.
O objetivo da equipe é que até o final de 2021, 70 mil mudas sejam plantadas na região, o que resultaria na recuperação ambiental de 33 hectares de mata. Seguindo esse ritmo, Brumadinho estará reflorestada entre oito e dez anos. “É o tempo que estamos discutindo”, afirma o pesquisador.
De acordo com o analista ambiental da Vale, Raul Firmino, a mineradora ainda depende dos avanços da equipe de bombeiros de Minas Gerais para realizar o plantio das mudas. “Esse processo de recuperação vem muito associado ao plano de remoção de rejeitos, que é feito pelo governo do estado. A gente só entra na área depois dessa validação deles”, pontua.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.