Relatório lista as 20 maiores ameaças para o setor de energia causadas pelas mudanças climáticas

Apresentado por
11 de agosto de 2021
Yuhan Liao/Getty Images

Imprevisibilidade das fontes de baixo carbono e viabilidade do negócio estão entre elas

Acessibilidade, fornecimento e comportamento do cliente estão entre os principais riscos provocados pelas mudanças climáticas no setor de energia, segundo novo relatório elaborado pela KPMG. De acordo com o documento, as empresas vivem em uma corda bamba entre o desejo de crescimento econômico dos investidores e a preocupação sustentável cobrada pelos consumidores.

Denominado “Uma Avaliação Ampliada dos Riscos que Afetam o Sistema de Energia”, o documento traz em detalhe quais são as 20 maiores ameaças para o setor energético no contexto da economia verde. As preocupações do segmento também incluem a imprevisibilidade das fontes de baixo carbono e a viabilidade do negócio, por exemplo. Para tanto, a KPMG indicou que as empresas se concentrem na mitigação dos problemas enquanto eles não forem regulamentados e analisados estrategicamente pelos governos.

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Outro dado mostrado pela pesquisa é que a fragmentação dos órgãos reguladores dificulta a elaboração de planos viáveis de transição energética. O relatório sugere que a falta de liderança nesse cenário dificulta ainda mais que medidas consistentes sejam tomadas. Além disso, o futuro da receita do setor é visto com desconfiança à medida que crescem as possibilidades de mudanças em curto prazo.

O sócio-líder de energia e recursos naturais da empresa na América do Sul, Manuel Fernandes, explica que o setor deve se alinhar para conseguir otimizar a operação apesar da instabilidade do quadro. “O sistema de energia, em particular, enfrenta uma infinidade de riscos, desafios e oportunidades de ESG conforme realiza sua transição para fontes renováveis. Os participantes do setor devem demonstrar como continuarão operando de forma eficaz, ao mesmo tempo em que equilibram a segurança do fornecimento, de acessibilidade econômica e de descarbonização. Uma estreita coordenação é necessária entre os setores do subsistema para melhorar o desempenho total do processo e coordenar as respostas aos riscos do sistema”, afirma.

Veja a lista completa:

  1. Imprevistos em fontes de energia com baixo teor de carbono;
  2. Mudança de comportamento do cliente;
  3. Impactos físicos da mudança climática como secas;
  4. Pouca competição de mercado;
  5. Interrupção de fornecimento devido a falta de segurança cibernética e ações de hackers;
  6. Eventos perturbadores como guerras e pandemias;
  7. Encarecimento e falta de acessibilidade de energia;
  8. Capacidade de armazenamento de energia ;
  9. Disputas geopolíticas;
  10. Incidentes de segurança como queda de barragens;
  11. Falta de estratégia dos governos;
  12. Baixo investimento do sistema financeiro;
  13. Falhas na regulamentação;
  14. Pouca confiabilidade na fornecedora de energia;
  15. Má gestão de partes interessadas;
  16. Falta de investimento em capacitação profissional e captação de talentos;
  17. Imposto e subsídios;
  18. Falha na digitalização da operação;
  19. Falha no ritmo da transição, ocasionando problemas de fornecimento;
  20. Incapacidade de fornecer aos investidores retornos suficientes.


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