O analista ambiental da companhia, Gustav Specht, explica que a presença de animais de diferentes níveis da cadeia alimentar é um indicativo do retorno de alguns serviços ecológicos sistêmicos, como a polinização, a fertilização do solo e a dispersão de sementes. “Com o passar do tempo essas áreas formam uma espécie de corredor verde e ampliam as áreas florestadas que abrigam todo tipo de animal de Brumadinho e região”, afirma.
A ação de reflorestamento está sendo conduzida em parceria com a UFV (Universidade Federal de Viçosa ) através de uma tecnologia inédita que acelera o estágio de floração das árvores para até seis meses utilizando o DNA das espécies nativas. Sem a inovação, o tempo normal para que as plantas alcançassem esse estágio de desenvolvimento era de oito anos.
De acordo com cientistas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o reflorestamento possibilita a redução do efeito estufa na região através da captação de CO2 feita pela vegetação local. Outra vantagem é o estímulo a polinização, que através da interação entre animais e plantas promove a dispersão de sementes, contribuindo para a manutenção da biodiversidade.
“Em uma floresta é importante que os animais considerados como polinizadores mantenham interação com a flora, levando os grãos de pólen de uma flor à outra, possibilitando o desenvolvimento de frutos. Existem também espécies de animais que atuam como dispersores de sementes, pois quando consomem um fruto acabam transportando o material para outros locais. Tanto os polinizadores quanto os dispersores contribuem para o processo de recuperação das áreas degradadas”, ressalta Adriano Paglia, ecólogo e professor da UFMG.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Tenha também a Forbes no Google Notícias.