Mulheres em conselhos: 7 executivas na liderança de grandes companhias brasileiras
Mateus Omena
22 de setembro de 2021
Klaus Vedfelt/Getty Images
A diversidade de gênero entre os líderes de uma empresa pode influenciar as decisões tomadas pela direção
Um levantamento feito neste ano pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) avaliou 295 companhias brasileiras e apontou que 78% delas têm mulheres em cargos de liderança. Pouco mais da metade (57,5%) contam com ao menos uma mulher no conselho administrativo. E 22,4% das companhias avaliadas não têm nenhuma profissional no C-Level (os cargos de diretoria) ou conselhos. “Quanto mais mulheres integrarem os conselhos das empresas, maior será a pluralidade na gestão. As mulheres estão conectadas à transformação e inovação e são fundamentais nesses processos”, diz Rachel Maia, conselheira administrativa da Vale, Banco do Brasil, CVC e Grupo SOMA.
Esse movimento acontece no momento em que as empresas buscam saídas para atuar em novos mercados, já que é importante falar a mesma língua e entender o consumidor e os clientes a serem conquistados. “Hoje, esse é um dos principais desafios do mundo dos negócios: as empresas são compostas por profissionais que, em sua maioria, não representam os grupos sociais a quem esses negócios servem”, diz Lisiane Lemos, cofundadora do Conselheira 101, programa de incentivo à presença de mulheres negras e não-negras nos conselhos administrativos. A diversidade pode fazer toda a diferença ao se criar estratégias de marketing, por exemplo. E há também os ganhos em reputação e imagem. “Sabendo que há mulheres negras e outras minorias sociais nos conselhos e outros cargos de liderança, as pessoas que se identificam com esses grupos vão consumir mais esses produtos e serviços.”
Além de apoiar estratégias de negócio mais coerentes, a diversidade de gênero entre os líderes de uma empresa pode influenciar as decisões tomadas pela direção e promover mudanças na cultura organizacional. “O equilíbrio de forças entre homens e mulheres num conselho pode orientar executivos a um direcionamento mais ético para os negócios, valorizando vozes e opiniões distintas na organização”, diz Rachel.
Aqui, 7 conselheiras de grandes empresas contam o que levam para a sala de reuniões: