Os desafios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, no combate as desigualdades, mudanças climáticas, inclusão de gênero, entre outros os problemas, continuam persistindo e, sem dúvida, pioraram nos anos da pandemia.
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Esse investimento é conhecido como capital de impacto. Embora visem obter lucro, também buscam um impacto social ou ambiental.
É bom que se entenda que na régua dos investimentos de alto risco, entre a filantropia tradicional e o investimento de impacto está a “venture philanthropy ou filantropia de risco” que surge nos Estados Unidos em meados da década de 1990 e se espalha na Europa liderada pela EVPA (European Venture Philanthropy Association), mais tarde na Ásia com a AVPN, chegando na América Latina em 2020, com o Latimpacto.
Mas o que é filantropia de risco?
Mas o que é investimento de impacto?
Os investimentos de impacto também são caracterizados pelas melhores práticas de empréstimo de fundos de capital de risco, privilegiando o impacto socioambiental. Essas práticas incluem:
1. Apoio estratégico de longo prazo: Assim como os fundos de capital de risco mantêm seus investimentos no médio prazo e participam ativamente do conselho de administração das empresas onde investem, investidores de impacto acompanham empreendedores e startups a serem financeiramente sustentável, para ter um maior impacto e para fortalecer suas capacidades (por exemplo, marketing, governança, desenvolvimento de uma teoria de mudança, etc.). Os investidores de impacto assumem ativamente o desafio social do negócio que estão fomentando. Assim, é claro que o seu apoio é de longo prazo, mas sempre tendo em mente, desde o início da intervenção, uma saída estratégica.
2. Finanças sob medida ou customizadas: O investidor de impacto conhece bem as necessidades e capacidades de cada negócio que apoia. É estratégico sempre ajustar o instrumento financeiro mais apropriado, vis-à-vis, o nível de organização da startup, ou seja, o desenvolvimento em que se encontra e sua precisão, bem como harmonizar as expectativas de risco do investidor. Esses instrumentos incluem, além de doações, dívidas conversíveis, doações recuperáveis, garantias, esquemas baseados em desempenho, dívida subordinada, entre outros. A seleção e utilização do instrumento financeiro otimiza recursos e impacto.
3. Medição de impacto: Os investidores de impacto priorizam negócios que geram mudanças positivas na sociedade. Indicadores de medição e ferramentas que permitem monitorar seu impacto são imprescindíveis.
Ao incorporar princípios de medição nos negócios, o investidor coleta dados para refinar sistematicamente suas estratégias de impacto e tomar decisões mais informadas. E, obviamente, mitigar os riscos do investimento.
Haroldo Rodrigues é sócio Fundador da investidora in3 New B Capital S. A. Foi professor titular e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Universidade de Fortaleza e presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Ceará
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