Embora mantenha a exigência central de que os países apresentem promessas climáticas mais rigorosas no ano que vem, o esboço usa uma linguagem mais branda do que um anterior ao pedir às nações que eliminem gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis, que são a principal causa humana do aquecimento global.
Para aumentar a pressão por um acordo forte, manifestantes planejavam se reunir diante da sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), onde ativistas penduraram faixas com mensagens implorando aos delegados que protejam a Terra. De madrugada, ativistas esvaziaram os pneus de veículos de luxo estacionados pela cidade escocesa.
Segundo os atuais compromissos nacionais de corte de emissões para esta década, pesquisadores dizem que a temperatura mundial crescerá muito acima deste limite, desencadeando elevações do nível dos mares, inundações, secas, incêndios florestais e tempestades catastróficos.
Embora exista pouca esperança de novas promessas para preencher esta lacuna nos últimos dias das conversas, os negociadores estão tentando estabelecer novas exigências para aumentar os compromissos no futuro, com sorte rápido o suficiente para se manter a meta de 1,5ºC ao alcance.
O novo esboço é um ato de equilibrismo, já que tenta incluir as exigências tanto das nações vulneráveis ao clima quanto das grandes economias dependentes dos combustíveis fósseis.
Mas ela veio em uma linguagem mais suave do que a de um texto anterior e não ofereceu a análise anual contínua pela qual alguns países em desenvolvimento pressionaram, e à qual os Estados Unidos em particular se opuseram.
Um acordo final exigirá o consentimento unânime dos quase 200 países que assinaram o Acordo de Paris.