O ESG está entre as prioridades das empresas de tecnologia. A constatação é de um levantamento da empresa Schneider Electric. O estudo foi feito por meio do desdobramento de três pesquisas com foco em sustentabilidade em operações de Tecnologia da Informação (TI) desenvolvidos por 451 Research, S&P Market Intelligence e Forrester Consulting juntamente com Canalys.
O documento da Forrester Consulting descobriu que, para 73% dos entrevistados, a sustentabilidade é a segunda prioridade geral, mas apenas 33% dizem que suas organizações criaram um plano estratégico de sustentabilidade. Algo que, em conjunto com os outros levantamentos feitos pela Schneider Electric, indicam uma desconexão entre intenção e ação, demonstrando que a maior parte do setor ainda está no estágio inicial da jornada de sustentabilidade.
Leia mais: Estudo aponta sustentabilidade como prioridade para CEOs brasileiros
Os analistas do setor de cada consultoria coletaram dados de quase 3 mil participantes globais, incluindo os maiores provedores de nuvem, soluções de TI e profissionais da área em vários segmentos e tamanhos de organização. O documento da 451 Research revelou que as organizações empresariais acreditam que seus programas de sustentabilidade são mais avançados do que realmente são, pois “as avaliações de maturidade de quase metade (48%) dos entrevistados não corresponderam a uma resposta anterior”.
A pesquisa da Canalys determinou que os parceiros de canal de TI estão investindo em estratégias de sustentabilidade, mas lutam para traduzir o investimento em ação e, por isso, não possuem uma resposta clara sobre como atingir tal objetivo. Com 61% com pessoal dedicado à sustentabilidade, apenas um terço estabeleceu metas ESG.
“A pesquisa demonstra claramente que, em todo o setor de data center e TI, há uma lacuna de ação de sustentabilidade – a intenção parece estar lá, mas falta ação”, apontou Pankaj Sharma, vice-presidente executivo das divisões de Secure Power da Schneider Electric. “É claro que os profissionais do segmento entenderam e tomaram medidas para abordar o tema. Mas o que nos falta, com algumas exceções, são planos de ação abrangentes e apoiados e metas mensuráveis para criar a mudança necessária para enfrentar a crise climática.”