EUA concedem apoio recorde de US$6 bi para projetos de redução de emissões industriais

25 de março de 2024
Instalação industrial - Imagem: REUTERS - David Gray

Alcançar o carbono zero nas indústrias é uma meta

O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira US$ 6 bilhões em financiamento federal para subsidiar 33 projetos industriais em 20 Estados para reduzir as emissões de carbono, dizendo que o investimento vai apoiar empregos bem remunerados e impulsionar a competitividade dos EUA.

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A secretária de Energia, Jennifer Granholm, revelará o apoio durante uma visita a uma instalação da Cleveland-Cliffs Steel Corp em Middletown, Ohio, que receberá até US$ 500 milhões para instalar dois novos fornos elétricos a arco e tecnologia baseada em hidrogênio para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 1 milhão de toneladas.

Granholm disse que a iniciativa, o maior investimento em descarbonização industrial da história dos EUA, alavancaria um total de US$ 20 bilhões, incluindo a parte das empresas nos custos. Juntos, os projetos devem eliminar 14 milhões de toneladas de poluição por ano, o que equivale a tirar das ruas cerca de 3 milhões de veículos, disse ela.

A Portland Cement Association, um grupo do setor, disse que o financiamento “é um reconhecimento bem-vindo do governo de que os fabricantes de cimento dos EUA estão tomando medidas ambiciosas e significativas para alcançar a neutralidade de carbono”.

A fabricação de materiais de construção é uma fonte significativa de emissões globais de dióxido de carbono (CO2). A produção de cimento, o principal ingrediente do concreto, foi responsável por 7% das emissões globais de CO2 em 2019, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia.

O apoio vem no momento em que a campanha de reeleição do presidente norte-americano, Joe Biden, em 2024 entra em alta velocidade, com o presidente democrata e outras autoridades importantes viajando para Estados disputados para promover as políticas econômicas e a criação de empregos do governo.

Granholm disse que os projetos reduzirão as emissões de setores como ferro e aço, cimento, concreto, alumínio, produtos químicos, alimentos e bebidas, papel e celulose, que respondem por cerca de um terço das emissões de carbono dos EUA.