Da pobreza extrema ao estrelato: a história do estilista George Esquivel

28 de novembro de 2014

“Antes de entrar para o mercado de sapatos, eu era caminhoneiro e antes disso eu era desabrigado e vivia pelos motéis da cidade”, conta George Esquivel, designer e diretor criativo da Tumi. Seus sapatos podem ser vistos nos pés de celebridades como LeBron James e Brad Pitt. “Quando não se tem beleza na vida, você começa a procurar e se não encontra, você passa a inventar”, diz como quem conecta os pontos entre a pobreza extrema e o reconhecimento de seu produto. “Eu trabalhei muito para finalmente chegar onde eu queria”.

Sua oficina em Los Angeles produz cerca de 4.000 pares de sapatos por ano para clientes proeminentes e boutiques como a Barneys e Colette, em Paris. Mas o que mais se destaca, é o aroma glorioso de peles usadas na fabricação. “Não há nenhuma máquina, é que tudo é feito à mão”, diz ele. Se você está pensando em adquirir um sapato de Esquivel se prepare para gastar em torno de US$ 4.500.

Cada sapato é formado a partir de uma única peça de couro italiano, que levam mais de 30h para ficarem totalmente prontos. Até os cadarços de tecido são cortados a mão. “Perfeição para mim é algo completamente surpreendente”, conta Esquivel. Ele é uma inspiração de estilo para artistas como Bruno Mars e Janele Monáe.

Uma viagem para o México, quando tinha 22 anos, foi o motivo de sua entrada no mercado. “Eu tinha feito um esboço de um mosh da “Doc Martens e Creepers” e passando pela rua vi uma placa com o escrito “sapateiro” e pedi para ele fazer um par para mim.” De volta para casa, em Los Angeles, ele procurou lojas de conserto de sapatos, até encontrar alguém que poudesse ensinar-lhe as habilidades para fazer sozinho.

Desde o início, os sapatos de Esquivel despertaram a curiosidade das pessoas em Hollywood. Pequenas bandas começaram a usar suas peças. “As bandas menores saiam em turnê com as bandas maiores, e logo eu estava fazendo sapatos para No Doubt e Nine Inch Nails.”