A partir de uvas chardonnay, pinot nero e pinot bianco, as casas produzem cerca de 15 milhões de garrafas da bebida por ano, o que gera uma receita de € 200 milhões. A título de curiosidade, Champagne, na França, produz 300 milhões de garrafas/ano. A versão italiana da bebida é tão limitada que 80% de todo seu volume é consumido pelo mercado interno. Os 20% restantes atendem a mercados ávidos pelo sabor do espumante como o japonês e o americano. Dentre algumas das marcas mais sofisticadas de Franciacorta está a Bellavista, que produz por volta de 1 milhão de garrafas/ano e pertence a Moretti. “Sou um homem da terra e do vinho”, diz Moretti, que comprou os primeiros terrenos na região em 1974 e foi um dos precursores na criação do conceito.
LEIA TAMBÉM: Harrods lança cesta de Natal de R$ 120 mil
Hoje, o vinho responde por 50% dos negócios de Moretti, que também tem, ao lado de um de seus vinhedos um dos hotéis mais exclusivos da Itália. Trata-se do L’Albereta Relais & Châteaux, um cinco estrelas construído nas colinas de Franciacorta. Dos vários restaurantes de lá, destaque para o celebrado LeoneFelice, comandado pelo chef Fabio Abbattista, que recebe ingredientes diariamente para compor desde uma farta salada caprese até um cacio e pepe — al dente.
VEJA MAIS: Pernod Ricard, de destilados, aposta na “tampa verde” feita de etanol
O L’Albereta também é conhecido por receber abastados de toda Europa que buscam o Spa Espace Vitalité Henri Chenot, que oferece tratamentos para combater estresse, ansiedade, depressão, peso excessivo, diabetes, dores musculares e distúrbios do sono.
FOTOS: 20 acessórios mais curiosos para quem gosta de beber
Eclético, o italiano também tem investimentos no Brasil. Em parceria com empresários de Milão, ele aportou, até o momento, € 15 milhões em um projeto de condomínio fechado em Aracaju (SE). Cerca de 300 residências, com preço de R$ 500 mil cada, já foram vendidas e a previsão é chegar a mil. “Aracaju é uma região em desenvolvimento, diferentemente de São Paulo e do Rio de Janeiro, que já estão saturadas.”