Oetker e Dorchester falam sobre seus planos para o Brasil

12 de outubro de 2018
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O icônico Plaza Athénée, em Paris

As empresas Dorchester Collection e Oetker Collection, respectivamente com nove e dez propriedades de luxo espalhadas pelo mundo, mantêm seus negócios focados em atender a cartela de clientes mais exigentes do planeta. Por isso, escolheram como endereço alguns dos destinos mais cobiçados por esse público. Você já deve conhecer ou ao menos ter ouvido falar deles, como os parisienses Plaza Athénée e Le Meurice, da Dorchester, e, ainda na França, o Hotel du Cap-Eden-Roc (em Antibes) e L’Apogée (em Courchevel), da Oetker.

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FORBES conversou com os responsáveis por manter a magia funcionando: o alemão Frank Marrenbach, CEO da Oetker, e o francês François Delahaye, COO da Dorchester. Ouvimos de ambos que o Brasil, definitivamente, está em seus radares.

Natureza urbana

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Palácio Tangará, primeiro hotel da Oetker no Brasil

O belo Palácio Tangará, que completou seu primeiro ano em maio, tornou-se, curiosamente, o destino preferido de muitos residentes da própria capital paulista. Nos fins de semana, casais e famílias aproveitam as instalações e serviços de primeira linha e o entorno verdejante do hotel para “sair da cidade” – mesmo estando em plena área urbana, a poucos quilômetros do Aeroporto de Congonhas. A ocupação média dos quartos, entre sábado e domingo, chega perto dos 100%. Marrenbach, satisfeito com a aposta, afirma: “A América do Sul é um continente muito importante para nós. Claro que existem alguns ciclos da economia complicados, mas a gente não ‘se engaja’ se não for a longo prazo. Nós escolhemos o Brasil porque era uma ótima localização e uma grande oportunidade. Não construímos esse hotel para europeus, e sim para os hóspedes brasileiros. Ainda estamos nos entendendo. No continente – e mesmo no Brasil, que é gigante – há outras oportunidades (de abertura)”.

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Fachada do Athénée

Para Delahaye, o Brasil é um mercado “extremamente importante”, pelo perfil de seus clientes. Os brasileiros são ávidos frequentadores do Plaza Athénée – o que pode ser atribuído, em parte, a um fator histórico: o escritório da extinta Varig ficava no mesmo prédio, e sua tripulação se hospedava no local. E qualquer lugar do mundo onde haja um bom público e uma localização privilegiada torna-se um potencial mercado para a Dorchester. “Sempre queremos estar na melhor localização da cidade. Por isso estamos tentando achar um local em Nova York, o que é difícil e bem caro, e em São Paulo”, diz o executivo.

Passado e futuro

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Hotel du Cap-Eden-Roc

A Oetker Collection, fundada em 2009, é um braço do Grupo Oetker, negócio pertencente a uma das famílias mais ricas do mundo, com patrimônio avaliado em US$ 2,2 bilhões. Surgiu das escolhas pessoais do fundador, August Oetker, de seu apreço por determinados lugares que visitava em suas viagens. A Dorchester, fundada em 2006, é de propriedade da Brunei Investment Agency (BIA), agência de investimentos do governo de Brunei. O negócio de ambas envolve possuir e controlar um hotel por completo – as grandes bandeiras hoteleiras, normalmente, apenas emprestam seus serviços de administração.

Nos cirúrgicos movimentos de expansão, elas tanto podem tanto comprar o terreno e construir do zero como podem adquirir propriedades e hotéis já existentes, com seus hóspedes icônicos, seu apelo, sua história.

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Suíte do Cap-Eden-Roc

A Dorchester está empenhada na finalização de um cinco-estrelas em Dubai, com inauguração prevista para 2020. “Um dos arquitetos envolvidos no projeto é o inglês Norman Foster”, conta o CEO. “Será um prédio moderno e lindo. Ele vai colocar a companhia no futuro.”

Reportagem publicada na edição 60, lançada em julho de 2018