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FORBES conversou com os responsáveis por manter a magia funcionando: o alemão Frank Marrenbach, CEO da Oetker, e o francês François Delahaye, COO da Dorchester. Ouvimos de ambos que o Brasil, definitivamente, está em seus radares.
O belo Palácio Tangará, que completou seu primeiro ano em maio, tornou-se, curiosamente, o destino preferido de muitos residentes da própria capital paulista. Nos fins de semana, casais e famílias aproveitam as instalações e serviços de primeira linha e o entorno verdejante do hotel para “sair da cidade” – mesmo estando em plena área urbana, a poucos quilômetros do Aeroporto de Congonhas. A ocupação média dos quartos, entre sábado e domingo, chega perto dos 100%. Marrenbach, satisfeito com a aposta, afirma: “A América do Sul é um continente muito importante para nós. Claro que existem alguns ciclos da economia complicados, mas a gente não ‘se engaja’ se não for a longo prazo. Nós escolhemos o Brasil porque era uma ótima localização e uma grande oportunidade. Não construímos esse hotel para europeus, e sim para os hóspedes brasileiros. Ainda estamos nos entendendo. No continente – e mesmo no Brasil, que é gigante – há outras oportunidades (de abertura)”.
Para Delahaye, o Brasil é um mercado “extremamente importante”, pelo perfil de seus clientes. Os brasileiros são ávidos frequentadores do Plaza Athénée – o que pode ser atribuído, em parte, a um fator histórico: o escritório da extinta Varig ficava no mesmo prédio, e sua tripulação se hospedava no local. E qualquer lugar do mundo onde haja um bom público e uma localização privilegiada torna-se um potencial mercado para a Dorchester. “Sempre queremos estar na melhor localização da cidade. Por isso estamos tentando achar um local em Nova York, o que é difícil e bem caro, e em São Paulo”, diz o executivo.
Passado e futuro
Nos cirúrgicos movimentos de expansão, elas tanto podem tanto comprar o terreno e construir do zero como podem adquirir propriedades e hotéis já existentes, com seus hóspedes icônicos, seu apelo, sua história.
A Dorchester está empenhada na finalização de um cinco-estrelas em Dubai, com inauguração prevista para 2020. “Um dos arquitetos envolvidos no projeto é o inglês Norman Foster”, conta o CEO. “Será um prédio moderno e lindo. Ele vai colocar a companhia no futuro.”