10 melhores tequilas do mundo segundo especialistas brasileiros
Beatriz Calais e Giovanna Simonetti
24 de julho de 2021
Divulgação
Foi na cidade de Tequila, nos planaltos do estado de Jalisco, no México, que a tequila surgiu
Um dos destilados mais famosos do mundo, a tequila tem o seu nome intimamente ligado à sua origem. Foi na cidade de Tequila, nos planaltos do estado de Jalisco, no México, que a bebida nasceu. Em tempos ancestrais, povos náuatles já exploravam as riquezas de uma planta nativa da região, a agave-azul, sem saber que esse se tornaria o ingrediente principal de um destilado muito apreciado por especialistas e amantes da coquetelaria.
Assim como o champanhe, que carrega seu nome por ser produzido na região francesa de Champagne, a tequila, para ser rotulada como tal, depende de uma típica origem mexicana. Isso acontece porque o solo vulcânico, as grandes altitudes e o clima árido da região de Jalisco são muito propícios para o crescimento da agave-azul. Com a ausência dessas condições geográficas, a matéria-prima da bebida perde saudabilidade e qualidade, fazendo com que o próprio governo mexicano não permita que a produção se dê muito longe de Jalisco. Em 2006, a própria Unesco declarou a cidade de Tequila, onde grande parte das destilarias estão localizadas, como um Patrimônio Mundial.
“É um produto que tem DOC (denominação de origem controlada), podendo ser produzido somente em Jalisco ou em regiões limitadas de Guanajuato, Michoacán, Nayarit e Tamaulipas”, explica Ana Paula Ulrich, bartender do Palácio Tangará. “Além disso, para um produto ser considerado tequila, deve conter pelo menos 51% de agave-azul em sua composição.” De certa forma, é essa porcentagem que define a qualidade do destilado. Quanto maior a proporção de agave, melhor e mais cara é a bebida.
Por isso, existem duas classificações para a tequila: as 100% agave-azul, produtos de qualidade superior, e as tequilas mistas, com até 49% de concentração advinda de outras matérias-primas. Além disso, como Ana explica bem, o destilado também se divide em quatro categorias de acordo com o seu envelhecimento: blanco ou silver, quando é armazenado por, no máximo, dois meses; reposado, envelhecido em períodos de dois meses a um ano; añejo, envelhecido por até três anos; e extra añejo, que pode ser armazenado por mais de três anos.
“O envelhecimento resulta em produtos com características diferentes. Não é que um seja melhor do que o outro, são apenas produtos distintos”, explica Ana. “O que impacta mesmo na qualidade do envelhecimento é a matéria-prima e a barrica utilizada.” Uma bebida com 100% de agave-azul e armazenamento em barrica de carvalho francês, por exemplo, tem forte potencial para entrar nas listas de melhores opções do mercado.
Neste Dia da Tequila, a Forbes conversou com seis especialistas em coquetelaria e mixologia e elaborou uma lista com as melhores indicações fornecidas por eles. Além de Ana Paula Ulrich, fizeram parte da consulta Márcio Silva, bartender paulistano e apresentador do programa “Bar Aberto”, da Band; Jean Ponce, do Guarita Bar; Gabriel Santana, do Santana Bar; Marcelo Sant’Iago, publisher do “Difford’s Guide”; e Isadora Bello Fornari, consultora de bebidas. O ranking foi elaborado de acordo com o maior número de indicações. Veja, na galeria a seguir, quais são elas: