Colégio suíço, com custo anual de quase R$ 800 mil, quer moldar os líderes de elite do futuro

8 de julho de 2021
Institut auf dem Rosenberg/Divulgação

Com mais de 130 anos de tradição, o Institut auf dem Rosenberg se destaca pelo ensino personalizado, excelência e tecnologia de última geração

Preparar os futuros líderes do século 21. Esta é a principal missão do Institut auf dem Rosenberg, internato inaugurado em 1889 na pitoresca cidade de St. Gallen, a menos de 100 quilômetros de Zurique, na Suíça

Já na 4ª geração de gestores, membros da família Gademann, a instituição construiu ao longo de 130 anos de operação o legado de ser um dos melhores colégios internos do mundo, conhecido por sua educação individualizada e pelo currículo acadêmico que vai muito além do academicismo e conhecimento teórico. Políticos, CEOs de multinacionais, membros de famílias reais e até ganhadores do Prêmio Nobel, como o químico mexicano Mario Molina, estão entre as personalidades que já pisaram na escola.

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“Nos orgulhamos de oferecer o ambiente pedagógico mais personalizado e holístico no mundo todo. Meu bisavô, pioneiro da educação individualizada, costumava dizer que dois alunos nunca são iguais e, por isso, todo aprendizado deve ser customizado aos seus talentos e pontos fortes”, conta Bernhard Gademann, atual diretor da escola, à Forbes Brasil

Com um ano letivo com custo de, aproximadamente, 140 mil francos suíços – mais de R$ 790 mil –, o instituto reúne 290 alunos com idades entre seis a 18 anos de 50 nacionalidades diferentes, divididos em apenas oito estudantes por turma. Tudo é pensado para dar o máximo de atenção a cada um deles. A própria proporção de crianças e professores já demonstra isso: são dois profissionais para cada aluno.

Institut auf dem Rosenberg/Divulgação

Bernhard Gademann é a 4ª geração de diretores do colégio; foi seu bisavô que fundou Rosenberg no final do século 19

Para Gademann, um dos problemas do ensino tradicional é a falta de aplicação do conteúdo na prática. “99,9% do conteúdo lecionado é uma simulação abstrata do mundo real”, opina. Rosenberg vai na direção contrária: o foco é transmitir experiências da vida prática e preparar os jovens para encarar os desafios sociais e profissionais do futuro. Para isso, a escola conta com mais de 40 disciplinas fora do currículo acadêmico convencional, entre eles cursos de empreendedorismo, robótica, design sustentável, filantropia, direito internacional e até gastronomia. 

As matérias ainda envolvem trabalhos colaborativos com instituições renomadas, como a Boston Dynamics (empresa norte-americana de engenharia robótica) e o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, onde o cientista Albert Einstein se formou, considerada a 6ª melhor universidade do mundo pelo ranking QS World University. 

Institut auf dem Rosenberg/Divulgação

A experimentação prática e o contato com a tecnologia são algumas das prioridades do Instituto

Também por causa das parcerias, o diretor define o Institut auf dem Rosenberg como uma das instituições acadêmicas “mais visionárias do mundo”, ao mesmo tempo que mantém uma tradição de mais de um século. De fato, a tecnologia está em todos os cantos da escola: um programa de inteligência artificial, por exemplo, define os cronogramas personalizados de cada estudante, baseado em suas aptidões e gostos. Além disso, as crianças têm contato com recursos de ponta, de robôs de última geração à engenharia 3D, programação e drones. 

O Parque do Futuro, a novidade mais recente da escola, promete intensificar ainda mais o aprendizado científico. Inspirado em grandes nomes da tecnologia, como Elon Musk, o espaço é dedicado à pesquisa e à experimentação tecnológica, onde os alunos poderão trabalhar na prática com um jardim climatizado que simula o efeito do aquecimento global no planeta, um robô agrícola autônomo que planta e acompanha a colheita nas estufas da instituição e um sistema de energia eólica, por exemplo. “A nova instalação nos permitirá cumprir a promessa de promover o aprendizado colaborativo e baseado em soluções”, completa Gademann.

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Institut auf dem Rosenberg/Divulgação

O Parque do Futuro, novo espaço do colégio, conta com recursos como robô agrícola e uma estufa que simula os efeitos das mudanças climáticas mundiais

Para usufruir um pouco da infraestrutura avançada do colégio, não é preciso ser aluno do internato durante o ano inteiro (e nem desembolsar quase R$ 800 mil anuais). O campus oferece duas vezes ao ano, durante o verão e o inverno, cursos intensivos de duas semanas, com valores a partir de 2.460 francos suíços – aproximadamente R$ 14 mil. Os programas podem ser voltados para o estudo de línguas (inglês ou alemão) ou matérias mais práticas, com foco em liderança, sustentabilidade, informática, artes e design têxtil – sem contar nas atividades esportivas e excursões pela Suíça. 

Gademann ressalta que jovens do mundo todo são aceitos no instituto: “Qualquer estudante de mente aberta e um grande desejo de se sobressair é muito bem-vindo no Rosenberg”. 

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