Apelido de “The Enigma”, a pedra é um diamante negro raro que nunca foi exibido ou vendido publicamente e está na mesma coleção há mais de 20 anos, disse a casa de leilões Sotheby’s em comunicado.
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Uma novidade para os leilões convencionais, a Sotheby’s aceitará criptomoedas pelo diamante. A decisão segue a venda bem-sucedida em julho do ano passado de um diamante de US$ 12,3 milhões (cerca de R$ 67 milhões) para um comprador em Hong Kong, que pagou com os ativos digitais.
Em 2006, o “The Enigma” foi eleito o maior diamante lapidado do mundo pelo Guinness Book of World Records. Dois anos antes, o Gemological Institute of America e a Gübelin, uma casa de gemas suíça, classificaram a joia como o maior diamante de cor naturalmente preta do mundo.
O design exclusivo da pedra preciosa foi inspirado no Hamsa, um símbolo do Oriente Médio de uma mão que oferece proteção. O desenho também está associado ao número cinco, que se reflete tanto nos 555,55 quilates do diamante quanto em seu corte de 55 facetas, disse a Sotheby’s.
O maior diamante do mundo será exibido pela primeira vez em Dubai, Los Angeles e Londres antes que os lances online se iniciem, em 3 de fevereiro.
À medida que usar e investir em criptomoedas se tornou mais popular, cada vez mais casas de leilões começaram a aceitar os ativos (ou dinheiro digital apoiado por blockchain). A ascensão da criptomoeda foi paralela à ascensão de NFTs (tokens não fungíveis), obras de arte digitais construídas no blockchain.
Em março de 2021, uma NFT do artista digital Beeple foi vendida por US$ 69,3 milhões (mais de R$ 390 milhões) e foi paga com a criptomoeda ether, disse o comprador ao New York Times. A venda sem precedentes fez de Beeple o terceiro artista vivo mais valioso do mundo, depois de David Hockney e Jeff Koons.