Nos seus primeiros anos, foi a casa do Solar do Vinho do Porto, um bar gerido pelo Instituto dos Vinhos do Porto e Douro, onde estiveram representados cerca de 200 vinhos do Porto. O bar pode ter desaparecido, mas o hotel mantém uma relação com o instituto, e os hóspedes podem passar por ele para comprar garrafas de seus vinhos favoritos durante a estadia.
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Outra coisa que diferencia o Palácio Ludovice é a sua história. Foi originalmente a residência privada de João Frederico Ludovice, que chegou a Lisboa no início do século 18 como arquiteto do Rei João 5º. Primeiro palacete da sua categoria, ocupava um quarteirão inteiro – hoje uma região bem desejada, na encruzilhada dos bairros do Chiado, Bairro Alto e Príncipe Real, com a mesma vista deslumbrante que o Miradouro de São Pedro de Alcântara, do outro lado da rua.
Era notável pelos seus cinco pisos de altura, dimensões desiguais, majestosa escadaria, pilastras decoradas, caixilharia em pedra, azulejos brancos e azuis do século 18 e capela com símbolos maçônicos. Também era robusto, ao que parece, e acabou por ser um dos poucos edifícios a sobreviver ao Grande Terramoto que destruiu grande parte de Lisboa em 1755. Por sua vez, tornou-se uma inspiração para os “Prédios Pombalinos”, batizados em homenagem ao Marquês de Pombal, o homem que reconstruiu a cidade.
A remodelação do hotel em Lisboa foi supervisionada pelo conhecido arquiteto português Miguel Câncio Martins (conhecido pelo seu trabalho no Buddha Bar em Paris). Esses azulejos do século 18, afrescos e tetos de estuque foram todos restaurados, já que os antigos apartamentos privados de aristocratas europeus evoluíram para 61 quartos e suítes elegantes e contemporâneos. Cada um tem uma decoração única, com móveis sob medida, azulejos originais pintados à mão e madeira entalhada nos tetos. O designer não teve medo de cores ou estampas.
A comida do hotel em Lisboa também, com pratos típicos portugueses, como a chanfana, um ensopado de cabra de Coimbra servido com purê de batata trufado e nabos, e presunto curado por 24 meses do mesmo pequeno produtor local que fornece ao chef Alain Ducasse. Há também pratos mais leves e menos locais, como a burrata com tomate e manjericão e o carpaccio de tamboril com maracujá e lima.
De sobremesa, panna cotta de pêssego com sorvete de vinho de colheita tardia. O que mais você esperaria de um hotel que promete ser uma experiência de vinho?