Os campos de golfe mais bonitos do mundo

17 de agosto de 2022
Getty Images

Cypress Point Club, nos EUA, é um dos campos de golfe mais bonitos do mundo

Conversamos com Paulo Malzoni Filho, Toninho Adbala, Victoria Lovelady, Ademir Mazon, Álvaro Almeida e o jogador chileno profissional Joaquín Niemann para saber quais são seus campos de golfe favoritos. Confira a seguir:

Cypress Point Club – Pebble Beach (EUA)

Quer encontrar o empresário Paulo Malzoni Filho? Procure-o nos mais espetaculares campos de golfe do mundo – são nestas locações que ele tem viajado nos últimos 30 anos. Para esta reportagem, por exemplo, Paulinho falou com a Forbes direto da Escócia, onde foi assistir à 150ª edição do The Open – depois, jogaria em outros 16 campos da Grã-Bretanha. Como número 1 do planeta, ele cita Cypress Point, na borda da península Monterey, mítico campo de 1928 que lidera o ranking do Top 100 Golf Courses, com o desafiador buraco 16, que requer uma tacada de 231 jardas sobre o Pacífico.

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Castiglion del Bosco – Montalcino (Itália)

“O que dizer de um campo entre vinhas, inserido na paisagem da Toscana?”, comenta Álvaro Almeida, com a experiência de quem tem 36 anos no esporte. O lugar é mais conhecido como campo de Salvatore Ferragamo, e tem uma história que remonta ao século XII, localizado no mesmo endereço de um dos mais exclusivos clubes de vinho do mundo. Álvaro jogou lá há seis anos, e ficou muito impressionado com o campo de 18 buracos (com o 19º para um desafio entre os jogadores), desenhado por Tom Weiskopf.

Terravista Golf Course – Porto Seguro (Brasil)

Presidente da Federação Paulista de Golfe, com 29 anos na modalidade e a tarimba de quem já jogou em mais de 150 campos mundo afora, Ademir Mazon admira o Terravista: “O mais bonito e um dos melhores que temos hoje no Brasil.” Unanimidade entre os entrevistados, o campo de 2004 ocupa 70 hectares e leva a assinatura de Dan Blankenship. Os buracos de 1 a 9 estão na Mata Atlântica. O mais famoso do país é o 14 sobre a falésia, com um visual que dispensa adjetivos. Outro nacional citado por todos foi o São Paulo Golf Club, o primeiro do esporte no Brasil, com 121 anos, desde 1915 em Santo Amaro.

Emirates Golf Club – Dubai (Emirados Árabes Unidos)

“No golfe, normalmente a gente faz miras em elementos da natureza. Mas, neste excelente campo de Dubai, a mira acontece em arranha-céus da cidade”, destaca Victoria Lovelady, golfista olímpica que atuou oito anos no circuito profissional global, segue jogando, mas, há 4 anos, trabalha no mercado financeiro com gestão patrimonial. Victoria também tem um carinho especial pelo campo Shangai Qizhong Garden, na China, o único hole in one (quando acerta o buraco em uma só tacada) da carreira, realizado em 2015, no buraco 7 – uma tacada perfeita de 168 jardas.

San Lourenzo – Almancil (Portugal)

“Portugal é um ótimo destino de golfe”, indica o empresário Álvaro Almeida, que já presidiu a Confederação Brasileira de Golfe (2005-2009) e a Federação Paulista de Golfe (1999-2004). “Só no Algarve (sul do país) são três campos imperdíveis, um deles é o San Lourenzo Golf Course, à beira-mar, no condomínio Quinta do Lago”, continua sobre o campo aberto aos membros do clube e hóspedes dos hotéis Dona Filipa e Amarante Formosa Park. “Depois de jogar, frequento o restaurante Gigi, com ótimos peixes e frutos do mar.”

Pine Valley – Clementon (EUA)

“Sou um apaixonado por arquitetura de campo de golf”, confessa o empresário Paulo Malzoni Filho, que já jogou em todos os continentes. Pine Valley é outra instituição norte-americana, segundo lugar no ranking Top 100 Golf Courses. O campo é de 1919, mas levou três anos para conseguirem completar os 18 buracos com 70 tacadas. Em 1954, Arnold Palmer (1929-2016) o fez em 68, após coletar apostas para bancar o casamento. “Eu estava desesperado por dinheiro aquela época”, disse um dos maiores jogadores da história.

St Andrews Links (Old Course) – St Andrews (Escócia)

A “casa do golfe”; o campo mais antigo, com uma história iniciada em 1553; 6742 jardas que este ano celebraram, em julho, a 150ª edição do torneio The Open. “Joguei lá duas vezes, em 2012 e 2015”, recorda Álvaro Almeida. “E vamos voltar ao Old Course em abril de 2023. Ele é muito requisitado, tem que reservar com um ano de antecedência. É a viagem mais desejada de um golfista”, completa sobre os planos do grupo de oito amigos em uma jornada de 12 dias que deve passar por mais cinco campos. Se jogar entre amigos já é um prazer, o depoimento de Tiger Woods – após faturar o The Open em 2000 – demonstra o que tal vitória significa ao atleta profissional, lenda na modalidade: “Acredito que vencer o The Open na Casa do Golfe é a maior conquista no esporte.”

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DLF – Nova Déli (Índia)

“Este campo parece uma miragem no meio do nada, feito por Gary Player [jogador sul-africano de 86 anos, ícone do esporte], com um desnível enorme de pedras no buraco 17”, diz Victoria Lovelady, que nos tempos de profissional viajava 22 países ao ano jogando, além de competir em 16 estados dos EUA. Na Ásia, Victoria também destaca o National Golf Club, em Belek, na Turquia. “Foi meu primeiro torneio no Tour Europeu, em 2014, um campo curto, extremamente estratégico.”

Santapazienza – Itatiba (Brasil)

Com a experiência de quem já foi convidado para jogar no templo norte- americano do golfe – o Augusta National Golf Club –, o empresário Toninho Abdala rasga elogios para a beleza e a qualidade do Santapazienza, campo de Paulo Malzoni e Paulo Malzoni Filho, de 1989, reformado com projeto de Tom Fazio. É o único campo da América do Sul no ranking do Top 100 Golf Courses. A nova sede do campo foi inaugurada por Bill Clinton em 2001 – amigo de Malzoni (pai), Clinton pediu para jogar lá quando esteve no Brasil. Toninho também é fã de Pebble Beach, na Califórnia, com visuais estonteantes do mar.

Joia chilena elege 6 campos dos EUA entre seus 9 prediletos

Após uma carreira amadora arrebatadora (liderou o ranking mundial por 44 semanas, de maio de 2017 a abril de 2018), o chileno Joaquín Niemann logo chamou a atenção também como profissional. Em sua primeira temporada como membro em tempo integral do PGA Tour (2019), esteve quatro vezes entre os 10 melhores, além de conquistar o The Military Tribute at the Greenbrier’ – o primeiro chileno a vencer o torneio. Joaquín fechou com seis abaixo do par (64), e venceu por seis tacadas. Ele é o atual 19º do ranking global. O embaixador da Rolex (marca que tem profunda conexão com a modalidade – desde 1967, início da parceria com Arnold Palmer) respondeu com exclusividade a enquete da Forbes Brasil e apontou nove dos campos que mais aprecia mundo afora.

Divulgação/Rolex

Joaquín Niemann no 121º U.S. Open

Royal Melbourne (Melbourne, Austrália): “É o campo de golfe mais divertido, onde você precisa acertar cada tacada com perfeição, e pensar muito em como cada buraco é jogado. Joguei a Presidents Cup lá em 2019.”

Riviera Country Club (Los Angeles, EUA): “Sempre foi um dos meus campos de golfe favoritos. Tendo vencido lá, em fevereiro de 2022, acho que o torna ainda mais especial.”

Torrey Pines (San Diego, EUA): “Jogo lá desde que era júnior. Gosto muito das paisagens, que lembram as do Chile.”

TPC Sawgrass (Jacksonville, EUA): “São muitas opções fora do tee, cada jogador tenta uma tacada diferente. Foi também um dos primeiros campos de golfe do Tour que joguei.”

Augusta National Golf Club (Augusta, EUA): “Augusta porque é Augusta. É a casa dos Masters que o torna realmente especial.”

Medalist Golf Club (Hobe Sound, EUA): “É onde pratico durante todo o ano. As pessoas envolvidas com esse campo de golfe o tornam particularmente especial. É um dos meus lugares favoritos para estar.”

Club de Campo Granadill (Viña del Mar, Chile): “De longe, meu campo de golfe favorito no Chile. É bem divertido. A atmosfera e o fato de estar perto da praia fazem dele o melhor.”

Olivos Golf Club (Buenos Aires, Argentina): “Meu favorito na Argentina. É curto, estreito e divertido de jogar.”

Sage Valley Golf Club (Graniteville, EUA): “Sede do meu torneio favorito, que ganhei como júnior – o Junior Invitation em 2017. Por isso, um campo tão especial para mim.”

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