Pesquisas recentes da Mental Health Foundation na Inglaterra indicam que maior o contato com a arte mais a visão sobre a vida se amplia. Como galerias e museus são espaços curatoriais que privilegiam a observação e o silencio, eles nos induzem automaticamente à reflexão, diz o estudo. Esta atmosfera propicia a nos desconectarmos dos problemas, estimulando a conexão com nossos sentimentos. Por outro lado, a arte nos conecta com outras visões do mundo, alargando a mente, acrescenta a pesquisa.
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Frequentemente, a arte é comparada a produto de luxo, na verdade, estudos comprovam que o cérebro a encara como mais um instrumento para o exercício de meditação, fundamental para o bem-estar. Estimular a autoconfiança, nos tornando mais proativos e resilientes, está entre outros benefícios que a arte promove, segundo a fundação inglesa, que fez outra descoberta salutar envolvendo a arte, ela alivia a tensão, o stress e a depressão. Em 2019, um ano 2 antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou a convivência com a arte entre os fatores de redução de doenças mentais, solidão e até envelhecimento.
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Para nossa galeria, 2023 foi um ano de muito trabalho, mas pleno de realizações e, como enfatiza a escritora, também de maior entendimento das complexas emoções humanas. Em dezembro rememoramos o falecimento precoce de Carlito Carvalhosa e recebemos a triste notícia da morte de outro grande artista brasileiro, o pernambucano José Claudio, grande amigo, a quem serei eternamente grata por ter me colocado nesse rumo. No mais, organizamos uma infinidade de exposições em nossos três endereços e em museus, e nossos artistas participaram de diversas ações institucionais, aqui e no exterior.
Sem dúvida, a mais inusitada delas envolveu a obra “Observatório Meta Oiko” (2023) de Artur Lescher (foto em destaque). A convite das curadoras Patricia Amorim e Graziela Martini do Instituto Artium de Cultura, Lescher foi selecionado para expor na terceira edição de”Forever Is Now”. Reunindo artistas de quatorze países, o evento encerrou em novembro e aconteceu no sítio arqueológico de Gizé, no Egito, próximo às pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas há cerca de 4.500 anos!
Com colaboração de Cynthia Garcia, historiadora de arte, premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) cynthiagarciabr@gmail.com
Nara Roesler fundou a Galeria Nara Roesler em 1989. Com a sociedade de seus filhos Alexandre e Daniel, a galeria em São Paulo, uma das mais expressivas do mercado, ampliou a atuação inaugurando no Rio de Janeiro, em 2014, e no ano seguinte em Nova York.
info@nararoesler.art
Instagram: @galerianararoesler
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