“Até o final da semana passada a gente tinha a perspectiva de autorização para exportação até o dia 13, e na reunião da manhã – nós mantemos uma reunião diária com o vice-presidente da Sinovac – essa previsão não vai se cumprir”, disse Covas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado.
Na mesma entrevista, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que conversou nesta quarta-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e recebeu dele a promessa de que reiterará junto ao Ministério das Relações Exteriores chinês em Pequim o pedido pela liberação do IFA da CoronaVac.
Doria afirmou ainda que o governo federal deveria pedir desculpas públicas ao governo da China por declarações recentes contrárias ao país asiático feitas por autoridades como o presidente Jair Bolsonaro. O governador, que é desafeto de Bolsonaro, atribui o atraso na liberação do IFA por Pequim ao que chama de “mal-estar diplomático” causada pelas declarações do presidente e de outras autoridades contra a China.
“O embaixador Wanming me disse que voltará a falar amanhã com a chancelaria chinesa em Pequim renovando o apelo para que haja a liberação dos insumos que estão prontos no laboratório Sinovac, são 10 mil litros de insumos, suficientes para cerca de 18 milhões de doses da vacina“, afirmou Doria.
Após a entrega prevista para sexta-feira, o Butantan terá concluído a entrega de 47 milhões de doses da CoronaVac ao PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde. Segundo dados da pasta, 72,7% das doses aplicadas na campanha nacional de vacinação contra Covid-19 no Brasil foram da CoronaVac, que está sendo envasada pelo Butantan. (Com Reuters)
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