A utilização da radioiodoterapia, no entanto, vem diminuindo porque se percebeu que, para pacientes de risco baixo para recidiva, ela já não é mais necessária.
Neste sentido, um artigo publicado no Journal of National Cancer Institute por um grupo de pesquisadores coreanos procurou avaliar se o risco de um segundo câncer em pacientes com tumor de tireoide que receberam tratamento com iodo radioativo aumenta de maneira cumulativa e dependente da dose.
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Como conclusão, não há uma contraindicação do uso do iodo radioativo, mas uma ponderação sobre quais pacientes teriam real benefício com a utilização deste tratamento.
Câncer de tireoide no Brasil
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de tireoide ocupa a sétima posição entre os tipos de câncer mais frequentes no país. Para 2023, são estimados 16.660 casos novos da doença, principalmente entre mulheres.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.