O dólar recuava ante o real no início do pregão hoje (22), em dia que terá a divulgação da ata da última reunião política monetária do Federal Reserve, e monitorando os trabalhos no Congresso na cena interna.
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Às 10:36, o dólar recuava 0,83%, a R$ 4,0143 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana encerrou com queda de 1,39%, a R$ 4,0478 na venda, maior queda em quase quatro meses. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,6% neste pregão.
Do lado doméstico, participantes do mercado monitoram os trabalhos no Congresso, em especial a Câmara, que deve votar nesta sessão a medida provisória da reforma administrativa após acordo na véspera.
A percepção de que, mesmo que o governo siga desorganizado na articulação política, o Congresso está comprometido em avançar com a pauta econômica encoraja investidores locais a deixarem posições defensivas neste pregão, permitindo um recuo expressivo do dólar.
A atuação dos parlamentares é bem vista neste momento, uma vez que o governo precisa que o Congresso se empenhe em votar uma série de medidas provisórias que podem cair no início de junho.
“(O Congresso) foi um dos pilares para esse pensamento positivo, para esse ânimo. Começou a andar e isso traz um ânimo para logo votar a Previdência. Traz um certo alívio e, entre investidores estrangeiros, o Brasil ganha um ponto positivo”, explicou o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Segundo Cavalcante, se o dia permanecer calmo, com o Congresso votando matérias sem dificuldades e sem novos problemas na cena política, a tendência é que o dólar busque ainda neste pregão o patamar dos R$ 4.
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“Tem tudo para ser um dia de realizações e, se continuar nessa calmaria, a tendência é que o dólar venha a buscar os R$ 3,90 até semana que vem”, disse.
Do lado externo, investidores acompanham a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, às 15h. Agentes financeiros buscarão indícios sobre o futuro da taxa de juros no documento, que será divulgado depois de o chairman do Fed, Jerome Powell, afirmar que é prematuro determinar o impacto do comércio e das tarifas na trajetória da política monetária, indicando em vez disso recentes dados econômicos favoráveis.
A disputa comercial entre Estados Unidos e China, que agora tem o setor de tecnologia no foco, permanece no radar de investidores.
O BC anunciou na sexta-feira (17) leilões de rolagem de linha de dólares com compromisso de recompra para esta semana, em operação que pode evitar o enxugamento de liquidez do sistema e, assim, abrandar a valorização do dólar.
Na segunda e na terça-feira, a autoridade monetária já havia negociado todo o lote de US$ 1,25 bilhão em rolagem de linhas de dólares ofertado em cada um dos pregões.
Neste pregão, o BC também realiza leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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