25 maiores instituições filantrópicas dos EUA em 2018

13 de dezembro de 2018

A United Way Worldwide permanece a número 1 na lista anual da Forbes das 100 maiores instituições de caridade dos EUA. Isso apesar do declínio nos últimos dez anos nas doações para a organização.

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Para o ano fiscal encerrado em 30 de junho, a United Way reportou doações de US$ 3,47 bilhões. Apesar de ser muito dinheiro, a quantia é 2% menor que os US$ 3,54 bilhões recebidos no mesmo período do ano anterior. E está 16% abaixo dos US$ 4,14 bilhões arrecadados pela United Way no período de maior doação, em 2007.

Com sede em Alexandria, Virgínia, a United Way é uma rede de mais de 1.000 unidades, essencialmente franquias, que obtêm grande parte das doações por meio de deduções de salário autorizadas pelos trabalhadores. Além de lidar com as quantias designadas pelos doadores, as unidades locais definem as prioridades de gastos. No geral, a caridade foi impactada pelo crescimento de causas de propósito único e fundos assessorados por doadores, basicamente, fundações do tipo “faça você mesmo”, afiliadas a gigantes financeiros como a Fidelity, Charles Schwab e Vanguard.

Em segundo lugar, está a Feeding America, a rede de mais de 200 bancos de alimentos sediada em Chicago. Para o ano fiscal que terminou em 30 de junho de 2017, a instituição relatou doações de US$ 2,65 bilhões, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Tudo, exceto US$ 110 milhões, foram doações de suprimentos, comida, também chamadas de doações em espécie.

Há um novo terceiro colocado: Americares Foundation, que fornece ajuda humanitária e socorro em todo o mundo. Para o ano fiscal que terminou em 3 de junho de 2017, a instituição beneficente recebeu US$ 2,38 bilhões em doações, um aumento de 160% em relação ao período anterior, quando conquistou a 10ª colocação. Mas apenas US$ 36 milhões do novo montante total foi em dinheiro; o restante foi doação de suprimentos.

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Na quarta colocação, está a Task Force for Global Health (Força-Tarefa para a Saúde Global, em tradução livre), uma instituição de caridade sediada em Decatur, Georgia, que fornece assistência médica no exterior. Para o ano fiscal que terminou em 31 de agosto, ela registrou doações de US$ 2,16 bilhões, uma queda de 19% em relação ao ano passado. Tudo, com exceção de US$ 19 milhões, foi em bens doados.

Logo abaixo, na quinta colocação, está o Exército da Salvação. Com o fim do ano fiscal em 30 de setembro de 2017, a instituição informou doações de US$ 2,03 bilhões, um aumento de 8%.

O ranking desta 20ª edição da lista da FORBES das maiores instituições de caridade dos EUA é determinada pela quantidade de contribuições privadas feitas durante o último período fiscal. Isso exclui subsídios governamentais, receita da venda de produtos ou prestação de serviços e retornos de investimentos.

A queda nas doações em várias instituições não diminuiu a participação geral das maiores ONGs. As 100 classificadas receberam coletivamente US$ 49,1 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Essa soma foi de 12% dos estimados US$ 410 bilhões recebidos por todas as organizações sem fins lucrativos de mais de um milhão de habitantes do país, segundo dados compilados pela Giving USA. O ponto de partida para a lista foram doações de US$ 145 milhões, valor recebido no ano fiscal que terminou em 30 de junho de 2017, pelo City of Hope, um hospital de câncer em Duarte, na Califórnia.

Houve outras mudanças notáveis na lista deste ano. A Fundação Barack Obama está pela primeira vez na lista e ocupa a 63ª posição. Para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2017, as doações foram de US$ 233 milhões. Fundada pelo 44º Presidente dos Estados Unidos em 2014, a fundação acumula fundos para a construção de uma biblioteca presidencial em Chicago.

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A Boy Scouts of America está fora da lista pela primeira vez. A centenária organização, que, segundo seu último relatório anual, serve cerca de 2,7 milhões de jovens, parou de fornecer compilações de suas finanças, que estão espalhadas entre centenas de conselhos locais e o Conselho Nacional dos Escoteiros da América, em Irving, no Texas. Os escoteiros estão lidando com a decisão da Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons, de se retirarem de programas para adolescentes mais velhos, o que poderia custar 5% de seus membros.

Doações não foram a única renda para muitas instituições de caridade nesta lista. Por exemplo, os US$ 974 milhões que a YMCA dos EUA recebeu para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2017 foram superados pelos US$ 5,7 bilhões recebidos de outras receitas, o que inclui taxas cobradas por seus clubes de saúde e bem-estar. A Lutheran Services in America, sediada em Washington, uma agência para centenas de instituições de serviços sociais, recebeu US$ 732 milhões em doações em um ano fiscal que encerrado em 30 de junho de 2017, mas registrou US$ 20,7 bilhões em outras receitas, grande parte vinda de serviços prestados.

Para rever a lista completa de 100 instituições de caridade, com dados detalhados sobre cada uma delas, eficiência financeira e funcionários mais bem remunerados, clique aqui.

Veja, na galeria de fotos a seguir, as 25 maiores instituições de caridade dos EUA em 2018: