A prática do surfe no inverno foi o estopim para o doutor Morongo pôr seu lado empreendedor em prática: criou a marca Mormaii – e desenvolveu a roupa para enfrentar o mar gelado com o neoprene que conheceu na gola da roupa dos mergulhadores de Puerto Madrin, na Península Valdez (Argentina) – outro destino que apareceu em uma viagem de carona, dessa vez rumo à Terra do Fogo.
Aos 72 anos, ele segue tocando a marca, com a operação mais voltada a licenciamentos e franquias. No início dos anos 2010, Morongo chegou a passar a fábrica para um amigo, mas hoje está de volta aos negócios sem deixar de lado o que mais gosta, que é o convívio com a família e a oportunidade de conduzir os netos para o desfrute da vida ao ar livre. “Quando cheguei a certa idade, pensei em me retirar e permitir que outros seguissem o caminho. Mas tive que voltar e trabalho tão forte quanto antes: descobri que o trabalho tem um lado terapêutico do qual não estava me dando conta”, analisa. A Mormaii é constantemente assediada por grupos financeiros, mas o surfista-doutor-empreendedor não a vende “de jeito nenhum”.
Morongo também se diverte tocando teclado e compondo músicas. Ele acredita que assim faz um contraponto com as práticas de surfe e pilates. “Isso equilibra o físico – yang – com o espiritual – yin.” Para recarregar ainda mais as baterias, ele investe em um bom sono e alimentação diversificada. Para o gaúcho, ser ativo é tão fundamental quanto curtir o ócio. “E, acima de tudo, tratar de ser feliz, pois esta vida tem prazo de validade. Como diz o velho ditado: o que se leva desta vida é a vida que se leva.”
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