Startup de ex-morador de Paraisópolis quer faturar R$ 2,1 mi neste ano

9 de maio de 2016

Como muitos dos profissionais que atuam no mercado de trabalho, Rodrigo Batista, 35 anos, sempre sonhou com um negócio próprio, mas não necessariamente que envolvesse o mercado financeiro, muito menos tecnologia. Hoje, porém, ele e o sócio, Gustavo Chamati, 34 anos, são donos da Mercado Bitcoin, maior companhia de moeda digital da América Latina, que tende a faturar R$ 2,1 milhões neste ano.

Quando o administrador de empresas, formado pela Universidade de São Paulo (USP), teve contato com a moeda digital criada por uma pessoa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, em 2009, pela primeira vez, cada Bitcoin (฿ 1) valia quase nada. Rodrigo comprou seu primeiro bitcoin em 2011 por cerca de 14 reais. Hoje, a cotação subiu para R$ 1.650.

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Enquanto ainda atuava como bancário, no Santander, em 2013, Batista decidiu investir R$ 300 mil no que acredita ser “o futuro do mercado financeiro”. No primeiro trimestre de 2016, sua companhia já bateu 115.000 clientes e ganha, diariamente, cerca de 400 usuários. “A Bovespa, por exemplo, tem cerca de 500.000 clientes. Se permanecermos neste ritmo, que é a tendência, estamos mais próximos de chegar a milhão”, afirma.

As previsões para este ano são de chegar a R$ 2,1 milhões em faturamento, mas o primeiro trimestre já demonstra a soma deve ser ultrapassada. Em 2015, no total, foram R$ 35 milhões movimentados e R$ 1,4 milhão faturados. Hoje, os mais de R$ 16 milhões movimentados já renderam cerca de R$ 570.000 à companhia.

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“Brasileiros têm se mostrado bastante abertos à tecnologia. Hoje em dia, por conta da baixa educação financeira, o aumento de impostos e alta variação do dólar, o mais conveniente é fazer transações por Bitcoins”, explica. “Os valores são mais estáveis e quase os mesmos em todo o mundo”, explica o administrador.

Ainda para este ano, as expectativas dos, agora, quatro sócios, são aumentar a equipe e investir em novas tecnologias que transformem o uso do Bitcoin ainda mais fácil, não só para o público mais jovem e antenado, mas para o consumidor em geral. “Queremos tornar a moeda mais comum e fazê-la alcançar aqueles que já fazem transações bancárias online, por exemplo.”

Para ajudar quem também busca crescer no mundo empreendedor, começando do zero, Rodrigo Batista da cinco dicas de empreendedorismo. Veja na galeria de fotos abaixo:

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