Como muitos dos profissionais que atuam no mercado de trabalho, Rodrigo Batista, 35 anos, sempre sonhou com um negócio próprio, mas não necessariamente que envolvesse o mercado financeiro, muito menos tecnologia. Hoje, porém, ele e o sócio, Gustavo Chamati, 34 anos, são donos da Mercado Bitcoin, maior companhia de moeda digital da América Latina, que tende a faturar R$ 2,1 milhões neste ano.
Quando o administrador de empresas, formado pela Universidade de São Paulo (USP), teve contato com a moeda digital criada por uma pessoa ou grupo de pessoas sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, em 2009, pela primeira vez, cada Bitcoin (฿ 1) valia quase nada. Rodrigo comprou seu primeiro bitcoin em 2011 por cerca de 14 reais. Hoje, a cotação subiu para R$ 1.650.
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As previsões para este ano são de chegar a R$ 2,1 milhões em faturamento, mas o primeiro trimestre já demonstra a soma deve ser ultrapassada. Em 2015, no total, foram R$ 35 milhões movimentados e R$ 1,4 milhão faturados. Hoje, os mais de R$ 16 milhões movimentados já renderam cerca de R$ 570.000 à companhia.
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“Brasileiros têm se mostrado bastante abertos à tecnologia. Hoje em dia, por conta da baixa educação financeira, o aumento de impostos e alta variação do dólar, o mais conveniente é fazer transações por Bitcoins”, explica. “Os valores são mais estáveis e quase os mesmos em todo o mundo”, explica o administrador.
Ainda para este ano, as expectativas dos, agora, quatro sócios, são aumentar a equipe e investir em novas tecnologias que transformem o uso do Bitcoin ainda mais fácil, não só para o público mais jovem e antenado, mas para o consumidor em geral. “Queremos tornar a moeda mais comum e fazê-la alcançar aqueles que já fazem transações bancárias online, por exemplo.”