Um dos mais recentes integrantes desta lista é o braço britânico da agência de publicidade francesa Havas, uma das maiores do mundo, que tem como clientes Domino’s, Emirates e BBC. Ela retirou todos os anúncios do YouTube no Reino Unido – um investimento de cerca de US$ 217 milhões por ano. “A Havas decidiu proteger as marcas que representa devido à falta de uma política mais efetiva do YouTube”, disse o CEO Paul Frampton Calero.
Empresas de comunicação como a “BBC” e o “The Guardian” também retiraram seus anúncios, assim como L’Oreal, Honda e a rede de supermercados Sainsbury’s. O GroupM, parte da multinacional de publicidade e relações públicas WPP, também já deu indícios de que pode seguir o mesmo caminho.
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Com a repercussão, o Google foi convocado para uma conversa no departamento do governo do Reino Unido com a presidente do comitê Home Affairs Select Committee, Yvette Cooper, que classificou as atividades como “extremamente preocupantes”. “É inexplicável que o Google consiga se mover tão rapidamente para retirar do ar materiais que envolvam direitos autorais e o mesmo não aconteça quando o tema está relacionado a organizações ilegais e conteúdos de ódio”, escreveu ela em uma mensagem enviada à companhia. “O Comitê aguarda um esclarecimento sobre como parte dos significativos lucros obtidos pelo YouTube serão empregados para resolver este problema e garantir que todo conteúdo vil e imoral seja removido proativamente de suas plataformas, de forma que nem os autores dos vídeos, nem a empresa, possam lucrar com o ódio.”
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O próprio governo já retirou toda a publicidade feita na plataforma, incluindo as propagandas de esclarecimentos sobre o recrutamento militar e as campanhas de doação de sangue, e aguardam um posicionamento do Google sobre o reembolso dos valores investidos.
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O porta-voz ainda afirmou que o Google será chamado novamente em uma espécie de reunião de acompanhamento, para revelar seus próximos passos.
“Ouvimos dos nossos anunciantes e das agências, de forma muito clara, que podemos fornecer maneiras mais simples e eficientes para impedir que suas peças publicitárias sejam exibidas ao lado de conteúdos controversos” disse o diretor-executivo do Google no Reino Unido, Ronan Harris, em um comunicado. “Embora tenhamos uma grande variedade de ferramentas para dar controle às agências de onde os anúncios serão exibidos, como a exclusão de determinados tópicos e sites, podemos incrementar o trabalho de identificar e abordar o pequeno número de vídeos e conteúdos inapropriadamente monetizados.”
Essas mudanças, em outras palavras, colocará a responsabilidade sobre os publicitários. E, na próxima vez que este tipo de coisa acontecer – e vai acontecer – o Google estará pronto para não assumir toda a culpa sozinho.