Fortuna de bilionário chinês cresce US$ 8 bilhões em 48h

28 de julho de 2017
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A fortuna de Hui Ka Yan aumentou US$ 24,5 bilhões em apenas um ano (Reprodução)

Uma grande aposta em pequenas cidades chinesas resultou em ganhos surpreendentes para um magnata dos imóveis.

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Hui Ka Yan, que comanda a incorporadora Evergrande Group, viu sua fortuna crescer US$ 8 bilhões – para US$ 33,5 bilhões – em apenas dois dias, depois que as ações de sua empresa valorizarem em mais de 34%. Agora, ele é a terceira pessoa mais rica da China, de acordo com o ranking de bilionários FORBES, atrás do fundador do Alibaba Jack Ma, e do presidente da Tencent, Ma Huateng.

O Evergrande Group é uma empresa de imóveis com quase 600 projetos em mais de 200 cidades da China. Suas ações cresceram impressionantes 393% desde o início de 2017, dando a Hui US$ 24,5 bilhões em apenas um ano.

O crescimento veio depois que a empresa anunciou as expectativas de que seu lucro líquido para a primeira metade de 2017 seria o triplo do valor do ano anterior. A Evergrande citou tanto um preço médio de vendas mais alto quanto mais metragem vendida como as principais razões para o crescimento de receita. Além disso, o grupo tem pago suas dívidas, o que, segundo porta-vozes, vai aumentar o lucro aos acionistas.

Sediada na cidade de Cantão, a Evergrande investiu pesado em cidades chinesas menos conhecidas como Liaoyang e Tongling. Enquanto vários anos de boom imobiliário resultaram em restrições de compra nas principais metrópoles como Pequim e Xangai, lugares menores escaparam de tais obstáculos.

No entanto, o crescimento astronômico das ações da Evergrande levanta algumas questões. Junto de sua esposa, Hui detém três quartos da empresa de 21 anos, o que deixa disponível apenas uma pequena parcela para o público. Além disso, a empresa tem se ocupado com a recompra de suas próprias ações – gastou quase US$ 1,4 bilhão em 2015 e 2016 para adquirir mais de 10% delas. Em outubro do ano passado, a Evergrande anunciou que pretende reestruturar e mover parte de seu portfólio para Shenzhen, na China Continental, e até então teve duas rodadas de investidores.

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As mudanças podem ter estimulado outra onda de recompra de ações, com a empresa comprando de volta 5,25% dos papéis em março e abril de 2017. Na metade de julho, a Chinese Estates, gigante imobiliária de Hong Kong, majoritariamente propriedade da família do bilionário Joseph Lau, anunciou que tinha acumulado uma parcela de 5% da Evergrande, o que diminui ainda mais o número de ações disponíveis para investidores externos.

A Evergrande não respondeu às tentativas de entrevista para comentar o assunto.