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A companhia acertou nesta semana com o grupo Cambuhy a compra de toda a participação da J&F na Alpargatas, dona da Havaianas, em negócio de R$ 3,5 bilhões.
Itaúsa planeja, ainda, comprar as ações restantes dos minoritários da Havaianas, o que provocará um desembolso de cerca de R$ 300 milhõesEle acrescentou, porém, que após as compras neste ano das participações na Alpargatas e na empresa de gasoduto Nova Transportadora do Sudeste (NTS), a Itaúsa não está negociando mais nenhum ativo e que pretende que o Itaú Unibanco continue representando cerca de 90% de seus investimentos.
Às 13h20, as ações da Itaúsa exibiam desvalorização de 0,43%, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,3%. Os papéis da Alpargatas subiam 4%.
Setubal afirmou que a Itaúsa pretende comprar as ações restantes dos minoritários da fabricante de calçados, pagando 80% do valor proposto a J&F. Se todos os acionistas minoritários aceitarem a oferta, o desembolso extra dos compradores da Alpargatas será de cerca de R$ 300 milhões.
A Itaúsa não pretende alterar a estrutura de capital da Alpargatas, disse Setubal.
Questionado sobre qual foi a avaliação das ameaças de risco em torno da aquisição da Alpargatas, Setubal citou “eventuais ameaças que possam advir da leniência e colaboração dos antigos controladores”, mas não deu detalhes.
A J&F, controlada pela família dos empresários Joesley e Wesley Batista, firmou em maio acordo de leniência com o Ministério Público Federal, com pagamento de multa de R$ 10,3 bilhões por atos praticados por empresas da holding.
“É uma aquisição importante para a Itaúsa. É uma marca muito forte, de muita tradição. Estamos bastante animados e vemos muitas oportunidades de expansão de marca e mercados”, disse Setubal sem dar detalhes sobre como será a expansão da Alpargatas. Segundo ele, o crescimento da presença internacional da Havaianas deve ajudar a ocupar mais a capacidade de produção das quatro fábricas brasileiras que produzem para a marca, contribuindo para a redução dos custos fixos mais adiante.
O presidente da Itaúsa afirmou que a holding não deverá alterar sua política de distribuição de dividendos e que avalia como exagerado o desconto de quase 28% atribuído pelo mercado às ações da Itaúsa, algo que tem incentivado a empresa a fazer recompras de papéis.