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Prevaleceu no plenário o voto do relator, conselheiro João Paulo de Resende, pela rejeição do negócio. Em seu voto, ele explicou que a reprovação deu-se pela falta de acordo com as empresas quanto às condições a serem aplicadas para aceitar a compra.
A Ipiranga estava de olho na aquisição da Ale para complementar sua rede de distribuição no Nordeste. A Ale afirma ter cerca de 2 mil postos e 260 lojas de conveniência. Já a Ipiranga tem cerca 7.240 postos e rede de pouco mais de 1.900 lojas de conveniência.
O parecer inicial de Resende defendia a venda de ativos da Ale em 12 estados, o equivalente a 65% das operações da empresa. Ambas, porém, não aceitaram essa condição e propuseram um novo acordo, de conteúdo sigiloso, que foi negado pelo plenário do Cade.
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Em comunicado ao mercado, a Ultrapar afirmou apenas que a reprovação da operação pelo Cade implica em que o contrato para a compra da Ale “restou automaticamente resolvido, sem qualquer penalidade de parte a parte”. Na semana passada, o conselho de administração da Ultrapar havia autorizado a Ipiranga a captar R$ 1,5 bilhão em debêntures de cinco anos, a 105% do CDI. Na ocasião, a Ultrapar não informou o destino dos recursos captados.
A reprovação da operação ocorreu cerca de um mês depois que o Cade rejeitou a compra do grupo de educação superior Estácio pela Kroton, que criaria uma gigante do ensino superior privado no país.