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A empresa francesa tem poucas esperanças de sucesso competindo com rivais muito maiores no reino do mercado de massa habitado por artistas como Taylor Switft e Ed Sheeran. Em vez disso, está se concentrando em gêneros musicais locais em mercados de rápido crescimento, com frequência mercados que não são de língua inglesa, onde acredita que poderá roubar participação. A Deezer está focando em ouvintes locais, enquanto procura se posicionar para a audiência global como uma alternativa “cool”, não-dominante.
O presidente-executivo da Deezer, Hans-Holger Albrecht, disse que vai mirar mercados selecionados na América Latina, Ásia e África, onde o Spotify ainda não é dominante, incluindo a Guatemala, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Nigéria, Senegal e África do Sul.
“Eu realmente acredito na localização do conteúdo”, disse o executivo à Reuters. “Enquanto o Spotify é principalmente focado em playlists, estamos apostando na diferenciação local, e isso ajudou a nos tornar o número um da música gospel no Brasil.” A Deezer tem um “freemium” similar ao líder de mercado Spotify, pelo qual atrai usuários oferecendo acesso gratuito em um serviço com anúncios e cobra uma taxa mensal de cerca de US$ 10 para o serviço completo. No entanto, tem apenas 12 milhões de usuários ativos – cerca de 9 milhões pagantes – em comparação com os 60 milhões de assinantes pagos do Spotify e traz apenas um décimo da receita anual de US$ 3 bilhões da empresa sueca.
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A Deezer é a quarta maior empresa de transmissão de música do mundo, por usuários pagos, atrás do Spotify, Apple Music e Amazon.