Disney foca na criação de serviço de streaming e ações sobem

10 de novembro de 2017
Divulgação

O presidente-executivo anunciou um acordo para a realização de uma nova trilogia de “Star Wars” (Divulgação)

As ações da Walt Disney chegaram a subir 3% nesta sexta-feira (10), com Wall Street desprezando os fracos resultados trimestrais e focando no compromisso da gigante da mídia de construir um serviço que irá competir de forma agressiva com o pioneiro de transmissão de vídeo Netflix.

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O foco mais nítido da Disney em streaming ocorre em meio a perda de assinantes em suas redes a cabo, que estão preferindo serviços de transmissão on-demand mais baratos.

O presidente-executivo da Disney, Bob Iger, disse na quinta-feira (9), durante uma teleconferência com analistas, que streaming é a “mais alta prioridade para este ano”. Em um movimento que vai reforçar a forte posição da Disney como produtora de conteúdo, Iger também anunciou um acordo para a realização de uma nova trilogia de “Star Wars”.

Talvez mais importante, Iger disse que o serviço de transmissão da Disney será “substancialmente” mais barato do que o Netflix.

Os analistas disseram que o preço mais baixo provavelmente reflete a lista de conteúdo relativamente menor da Disney, mas que o movimento poderia ajudar o serviço a obter assinantes rapidamente. “Nós pensamos que a Disney quer obter uma forte aceitação logo no início e esse movimento reconhece que o mercado de ações recompensa o crescimento forte de assinantes [streaming]”, disse o analista da RBC Capital Markets, Steven Cahall.

Para competir melhor com a Netflix e outros serviços de transmissão, a Disney também disse que manterá seus novos lançamentos fora da concorrente, a partir de 2019.

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A empresa está desenvolvendo um serviço de streaming para toda a família, que será vendido diretamente aos consumidores. A Disney também lançará um serviço especializado em esportes chamado ESPN Plus no início de 2018.

De acordo com notícias, a Disney manteve conversações nas últimas semanas sobre uma potencial aquisição da maioria dos ativos da mídia da Twenty-First Century Fox, incluindo FX, National Geographic e seu estúdio de filmes.

A receita total da Disney caiu para US$ 12,78 bilhões no trimestre encerrado em 30 de setembro, ante US$ 13,14 bilhões no mesmo período do ano anterior. Os analistas esperavam que a receita subisse para US$ 13,23 bilhões.

O lucro líquido atribuível à empresa recuou para US$ 1,75 bilhão, ante US$ 1,77 bilhão há um ano. Excluindo itens, a Disney registrou lucro por ação de US$ 1,07, acima da previsão de US$ 1,13 por ação.