Como se aposentar com um R$ 1 milhão de renda anual

30 de janeiro de 2018
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É difícil, mas não é impossível conseguir um bom pé-de-meia depois de parar de trabalhar. (iStock)

Guardar dinheiro em uma caderneta de poupança e contribuir mensalmente com o INSS deixaram de ser garantia para uma renda substancial na aposentadoria. Por isso, cresce no Brasil a demanda por previdência privada e outros tipos de investimentos com o objetivo de ter uma vida confortável depois do fim da vida profissional.

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FORBES conversou com seguradoras, uma corretora e uma casa de pesquisas em investimento sobre qual é a melhor estratégia para quem sonha alto: aposentar-se com uma renda anual de R$ 1 milhão. “É uma meta agressiva”, diz Arnaldo Curvello, diretor de Wealth Management da Ativa Corretora. “[Conseguir esse objetivo] vai depender da taxa de juros do período”, afirma.

“O cliente que almeja esse nível de renda na aposentadoria deve acumular entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões”, afirma Sandro Bonfim, superintendente de Produtos da Brasilprev. Quem busca esse montante, na avaliação do especialista, deve diversificar os investimentos. “Há ainda pessoas que fazem um plano de previdência privada neste valor para a sucessão patrimonial, pois ele não entra no inventário”, explica ele sobre a regra de isenção fiscal na transmissão de herança em alguns Estados.

O Andbank, banco com foco em gestão de fortunas, também afirma que a melhor forma de atingir uma renda de R$ 1 milhão anual é elaborar uma boa estratégia de investimentos. A partir do perfil do cliente, se ele é mais conservador ou arrojado, é possível estabelecer a proporção que deve ser destinada à renda fixa, à renda variável e à previdência privada.

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“Dificilmente se atinge R$ 1 milhão por ano com renda fixa”, explica Tiago Reis, CEO da Suno Research, casa de pesquisa de investimento. A tendência de uma taxa básica de juros baixa nos próximos anos também exige aumento nos aportes. “Nos países desenvolvidos, os fundos de pensão fazem a maioria dos aportes em renda variável”, diz Reis, que explica que o investidor brasileiro se acostumou com elevadas taxas de juros, que, dificilmente, devem voltar a ser aplicadas.

São muitos os fatores envolvidos na remuneração das aplicações em renda fixa, renda variável e nos planos de previdência, como tempo de contribuição, taxas de juros e de inflação variáveis ao longo do tempo, diferentes cenários econômicos etc. Por isso, os cálculos apresentados abaixo são um exercício hipotético. A premissa da projeção é um jovem de 30 anos que almeja se aposentar com a renda de R$ 1 milhão anual (em valores atuais) aos 65 anos. No caso da previdência privada, o valor da renda recebida mensalmente na aposentadoria – por volta de R$ 83,3 mil – vai variar de acordo com o gênero do contratante do plano.

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