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O balanço da Tesla registrou um prejuízo líquido de US$ 675,4 milhões no último trimestre de 2017, chegando a US$ 1,96 bilhão no ano. As perdas trimestral e anual foram as maiores registradas pela montadora. A perda por ação foi de US$ 4,01, ou US$ 3,04 por ação excluindo alguns aspectos. O resultado foi melhor que a estimativa de uma perda entre US$ 3,10 e US$ 3,19, devido à concessão de crédito nas vendas de veículos ser maior que o esperado. As ações da Tesla caíram, na quinta-feira (8), 8,6%, chegando a US$ 315,23.
“2018 vai ser um ano de transformação para a Tesla, com um alto ganho de escala operacional”, dizem os dois na carta. “Enquanto escalamos a produção do Model 3 e de nossos produtos energéticos junto com um estrito controle de gastos, a receita trimestral da Tesla deve se tornar sustentavelmente positiva em algum momento de 2018”.
A empresa está empacada com a produção do Model 3 – cujo preço é de US$ 35 mil -, tendo dificuldade para atingir 2.500 unidades por semana até o fim do primeiro trimestre, e depois 5 mil unidades por semana no final do segundo trimestre. A companhia de Palo Alto, Califórnia, não diz quando vai atingir a meta de produção semanal de 10 mil unidades do Model 3, o suficiente para que o objetivo de Musk de produzir 500 mil unidades por ano seja atingido.
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Tesla cortou, no mês passado, a meta de produção do Model 3 pela segunda vez depois de produzir apenas 2.425 veículos no último trimestre. A produção total, incluindo os modelos de maior valor Model S e Model X, foi de 101.027 unidades em 2017.
“Nunca houve garantias, mas Elon Musk nunca titubeou em cortar as estimativas nos últimos meses, portanto ele certamente teria pego as rédeas se Tesla não estivesse confiante”, disse Jeff Reeves, analista e editor-executivo do InvestorPlace.com, à Forbes. A empresa também teve que gastar menos no quarto trimestre, diminuindo para US$ 276,8 milhões no período, comparado às despesas de US$ 1,42 bilhão no terceiro trimestre e US$ 969,8 milhão de um ano atrás, segundo Reeves.
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As vendas do crédito de carbono da Tesla para outras montadoras que precisam dele para atingir as rígidas regras de emissão da Califórnia subiram significativamente desde o começo de 2017, chegando a US$ 179 milhões, comparado aos US$ 20 milhões no quarto trimestre de 2016. Brian Johnson, analista do banco Barclays, previu US$ 10 milhões para o quarto trimestre. Ficar acima das expectativas concedeu à Tesla um ajuste líquido no prejuízo, sendo que foi um pouco melhor que o esperado.
A empresa também completou a integração do SolarCity em suas operações em 2017 e planeja de impulsionar significativa o fornecimento de painéis solares e geradores de energia neste ano.
“Prevemos que os produtos de geração de energia deve ter um crescimento significativo, com o nosso objetivo de, ao menos, triplicar nossas vendas este ano”, disseram Musk e Ahuja. “Esperamos que a geração e estoque de energia melhore significativamente em 2018 enquanto se entra no ano com atraso de uma maior margem comercial para os projetos solares e uma maior lucratividade nos negócios de geração de energia, devido à eficiência produtiva de escalar”.
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“Vamos continuar precisando de capital para investimentos no segundo semestre para o Model Y”. Vamos esperar provavelmente de três a seis meses antes de anunciar qualquer plano definitivo com os detalhes da produção”, disse Musk em uma conferência com os analistas.
As expectativas de Musk com o Model Y, que ainda não foi apresentado, são enormes.
Os depósitos em consignação para o Model 3, como também os recém-anunciados Semi e Roadster, tornaram-se o maior equilíbrio do balanço para a Tesla, somando US$ 858 milhões no fim de 2017, contra US$ 663 milhões no começo do ano passado. Enquanto a maioria desses fundos são para a reserva de meio milhão do Model 3, é crescente as participações do caminhão elétrico Class 8 e de carros esportivos.