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Duas semanas depois de promover o chefe de marca Herbert Diess a presidente-executivo da VW, como parte da maior mudança na diretoria em mais de uma década, a maior montadora da Europa está promovendo alterações no foco para tornar seu negócio operacional mais eficiente.
O resultado ficou abaixo do consenso em uma pesquisa Reuters com bancos e corretoras, de € 4,47 bilhões.
A VW disse que os efeitos negativos de € 300 milhões da migração para o padrão de contabilidade IFRS contribuíram para a queda no lucro, acrescentando que o lucro ajustado teria superado levemente os € 4,37 bilhões de um ano antes caso as mudanças fossem excluídas.
O grupo informou que reservou recursos menos significativos entre janeiro e março para cobrir multas, compensação e reparos de veículos relacionados a seu escândalo de emissão de 2015, após elevar as provisões em outros € 600 milhões no quarto trimestre, para um total de € 25,8 bilhões.
“O mercado está esperando que Diess leve a mais ganhos de rentabilidade e está apostando que os riscos de um ‘Diesel Gate’ estão diminuindo”, disse o analista do Nord LB Frank Schwope, que tem recomendação de “compra” para o papel, em referência ao escândalo de testes de emissão de diesel que custou à VW cerca de US$ 30 bilhões em multas e outros custos.
O fluxo de caixa livre, um dado de referência de saúde financeira e proteção contra futuros desafios, atingiu € 2,4 bilhões, ante € 2,6 bilhões negativos um ano antes, disse a VW, mesmo excluindo € 800 milhões do fluxo de saída de custos para o escândalo “Diesel Gate”.
A rentabilidade da marca principal da VW caiu para 4,4%, ante 4,6% de um ano antes, devido à alta de custos para sua ofensiva de carros elétricos. Já a rentabilidade de sua marca de luxo Audi caiu 8,5%, ante 8,7%, em meio a gastos para lançar 20 modelos novos e reformulados este ano.
As ações da VW fecharam a sessão hoje (26) na bolsa alemã em alta de 2,66%.