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O Spotify, fundado em 2006 por Daniel Ek e Martin Lorentzon, é hoje o maior serviço de streaming de música do mundo, com presença em 61 países, 159 milhões de usuários médios mensais e 71 milhões de usuários premium. Isso corresponde, segundo a carta de Ek aos acionistas no prospecto, a quase o dobro do seu concorrente mais próximo, o Apple Music.
Ek não compareceu ao pregão da New York Stock Exchange, mas apareceu no programa de televisão “This Morning”, da CBS, no que deve ser sua única aparição na mídia hoje (4). O jovem de 35 anos, considerado pela FORBES em 2012 o homem mais importante da música, disse que os acontecimentos de ontem pareceram “a segunda entrada” no jogo em relação a seus objetivos para a empresa.
Talvez a mais esperada abertura de capital em anos, a estreia do Spotify foi assistida de perto pela mídia e pelos investidores. A empresa optou por um sistema diferente – a listagem direta, o que significou que não teve cotação, roadshow, novas ações ou bancos de investimentos. Segundo a empresa, a listagem direta evita a “pompa e circunstância” de um IPO normal, além de economizar dezenas de milhões de dólares com os intermediários. Já que não foram emitidas novas ações, os investidores existentes foram capazes de vender algumas das que possuíam.
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Em 2017, o Spotify teve receita de US$ 5 bilhões e perda de US$ 1,5 bilhão. Os beneficiários da listagem incluem a Sony Music Entertainment (com uma participação de 5,7%), a empresa de investimentos Tiger Global (6,9%) e a Tencent Holdings (7,5%). A Tencent obteve suas ações em dezembro por meio de uma conversão de títulos e troca de papéis pelos do Spotify. Outros investidores incluem o cofundador da Napster, Sean Parker, e o homem mais rico de Hong Kong, Li Ka-shing.