Uber dobra investimentos na Índia

18 de abril de 2018

O chefe do Uber na Índia, Amit Jain, disse que a empresa não tem grandes planos de se expandir para mais cidades no país.

O Uber Technologies está “dobrando” seus investimentos na Índia, um de seus maiores mercados, depois de sua recente saída do Sudeste Asiático, disse hoje (18) um executivo da empresa.

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A Índia responde por mais de 10% das corridas do Uber em todo o mundo, e a empresa norte-americana tem mais de 35% do mercado de táxis no país, segundo a Counterpoint Research, mas ainda precisa ganhar dinheiro no país.

O vice-presidente de operações, Barney Harford, disse que os investimentos na Índia são feitos usando recursos de mercados lucrativos. No entanto, a venda, em março, dos negócios do Uber no Sudeste Asiático para a Grab Holdings, em Singapura, em troca de uma participação de 27,5%, deu ao Uber mais poder de fogo para competir com a rival indiana Ola.

“A recente fusão liberou recursos que vamos investir em pessoas, produtos e parcerias para melhor servir a este país”, disse Harford a repórteres na capital indiana. “Estamos dobrando nossos investimentos neste país como nunca antes”, afirmou o executivo, acrescentando que a Índia é um mercado central para a empresa sediada em São Francisco.

Harford não disse quanto o Uber deve investir no país, mas contou que expandirá consideravelmente os recursos tecnológicos para desenvolver produtos para a Índia e o mundo.

O chefe do Uber na Índia, Amit Jain, disse que a empresa não tem grandes planos de se expandir para mais cidades no país.

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O Uber opera em cerca de 30 cidades indianas, enquanto a Ola está em 110 cidades e tem mais de 45% do mercado total, de acordo com a Counterpoint Research.

O Uber e a Ola são apoiados por um investidor comum, o SoftBank Group, que trabalhou nos bastidores para a fusão entre o Uber e a Grab. Não está claro se o investidor japonês planeja estimular a consolidação também na Índia.

Harford disse que, embora o Uber esteja sempre aberto a ter conversas com parceiros em potencial, não tem interesse em fazer acordos minoritários na Índia ou em outros países em que opera.