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Maior empresa de meios eletrônicos de pagamentos do país, a Cielo anunciou ontem (2) uma queda de 7% no lucro recorrente do primeiro trimestre, na comparação anual, refletindo entre outros fatores a redução de 13,6% do número de terminais de pagamentos ativos da empresa.
A venda de terminais com bandeiras dos próprios bancos sócios é uma das respostas da Cielo para tentar reagir a um número crescente de rivais, que têm explorado sobretudo os lojistas menores, com taxas de desconto mais baixas por operação e no aluguel dos dispositivos de pagamentos.
Uma das principais rivais é a PagSeguro, do grupo UOL, que estreou na bolsa de Nova York em janeiro com valor de mercado de cerca de US$ 9 bilhões, ou quase 40% da Cielo. Outras rivais incluem Stone, iZettle e Bin, da First Data, que se oferecem como opção a credenciadoras tradicionais.
Em janeiro, a Cielo também assumiu o controle da Stelo, que surgiu em 2014 como concorrente das chamadas subadquirentes, facilitadoras de meios de pagamentos no comércio eletrônico, como PagSeguro e PayPal. A partir do segundo trimestre, a Cielo passará a divulgar números de terminais da Stelo em operação.
A exemplo do que fazem as rivais menores, a Stelo vende os terminais de pagamentos, em vez de cobrar um aluguel dos comerciantes.
Mas mesmo com os próprios equipamentos, a Cielo passou a oferecer uma conjunto diferente, passando a cobrar mensalidade, em substituição a um conjunto de aluguel mais cobrança por transação. O pacote inclui repassar ao lojista os recursos das vendas em D+2, em vez dos tradicionais D+30.
Para Gouveia, entre clientes maiores, como as grandes redes varejistas, o mercado de adquirência segue racional, sem uma competição tão agressiva entre as empresas de pagamento. “O mercado está mais competitivo na base”, disse Gouveia.
Nesse período, enquanto tem tentado achar um equilíbrio entre manter uma operação rentável e segurar fatias de mercado, a Cielo tem enfrentado o ceticismo de investidores e analistas. A margem Ebitda da empresa, que chegou a ser de 68% alguns anos atrás, foi de 44,6% no primeiro trimestre.
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Com isso, no espaço de 24 meses concluído ontem, a ação da empresa teve queda de 27,2%, enquanto o Ibovespa teve valorização de 58%.
Às 12h26, a ação da Cielo tinha queda de 6%, segunda maior baixa do Ibovespa, que recuava 1,4%.
O mercado antes caracterizado por um duopólio da Cielo, dos sócios Bradesco e Banco do Brasil, e Rede, do Itaú Unibanco, pode ter a entrada de cerca de 30 novos concorrentes, afirmou o JPMorgan em abril, quando cortou a recomendação da Cielo.